
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta quinta-feira (09) novos dados do Censo 2022, sobre emprego e renda. As informações trazem detalhes dos municípios brasileiros como o nível de ocupação, o rendimento de todos os trabalhos e a escolaridade da população.
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Entre os indicadores, o órgão destacou as cidades com os maiores e menores rendimentos domiciliares per capita. O principal destaque foi para Nova Lima, na região metropolitana de Belo Horizonte, que tem a maior renda no recorte: R$ 4.300.
Cidades com maiores rendas

Além de Nova Lima, o IBGE destacou São Caetano do Sul, São Paulo (R$ 3.885), Florianópolis (R$ 3.636) e Balneário Camboriú, em Santa Catarina (R$ 3.584), e Niterói, no Rio de Janeiro (R$ 3.577), como os municípios com maiores valores de rendimento domiciliar mensal.
A cidade mineira de Nova Lima é um polo de mineração conhecida por bairros residenciais de alto padrão para quem trabalha na capital do estado. No município, 84,5% dos ganhos vêm do trabalho. Ela se destaca por ter moradores que atuam na mineração e por servir de residência para quem trabalha em Belo Horizonte.
O mesmo cenário se repete em outras cidades do topo do ranking, Como Niterói, no Rio de Janeiro, e São Caetano do Sul, em São Paulo; ambas estão nas regiões metropolitanas das capitais dos respectivos estados.
Em 2022, os dez municípios com maiores rendas per capita estavam no Sudeste e no Sul do país. Os indicadores se refletem a nível estadual: As três Unidades da Federação com os maiores valores para esse indicador foram Distrito Federal (R$ 2.999), Santa Catarina (R$ 2.220) e São Paulo (R$ 2.093).
Menores rendas
O Censo 2022 aponta que o rendimento mensal domiciliar per capita da população foi de R$ 1.638, valor um pouco acima do salário mínimo que estava em vigor (R$ 1.212,00 em 2022), mas ainda bem acima dos municípios com os menores rendimentos por pessoa.
As 10 cidades com os menores valores do indicador são do Norte e do Nordeste do país. O menor índice foi registrado em Uiramutã, em Roraima, com R$ 289 de média per capita. Destacam-se também Bagre, no Pará, e Manari, Pernambuco (ambos com R$ 359), além de Belágua (R$ 388) e Cachoeira Grande, ambas no Maranhão (R$ 389).
Entre os estados, os menores valores estavam no Maranhão (R$ 900), Amazonas (R$ 980) e Pará (R$ 994).
Rendas abaixo do salário mínimo
Outro dado negativo foi o de que em 9,3% dos municípios, ou 520 dos 5.571, o rendimento nominal médio mensal de todas as pessoas ocupadas ficou abaixo de R$ 1.212, ou seja, menor que o salário mínimo.
Este dado, diferente do rendimento per capita, leva em consideração o salário de todos os trabalhos exercidos na cidade. Nesta comparação, os dez municípios com os menores rendimentos médios mensais estavam no Nordeste, e o menor valor foi o de Cachoeira Grande, Maranhão (R$ 759), seguido por Caraúbas do Piauí, Piauí (R$ 788) e Mulungu do Morro, na Bahia (R$ 805).
