
Diversas marcas produtoras de calçados enviaram uma carta ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pedindo que ele considere isentar seus produtos de taxas. O documento, redigido pela Footwear Distributors and Retailers of America (Distribuidores e Varejistas de Calçados da América) e datado de 29 de abril, é assinado pela Nike, Puma e a subsidiária americana da Adidas.
No documento, a associação comercial afirma que as taxas impostas pelo republicano no "tarifaço" representam uma "ameaça existencial" para o setor. Além disso, argumenta que elas "não farão com que a fabricação de calçados volte aos EUA".
"Se a situação atual continuar, trabalhadores e consumidores americanos de calçados sofrerão", disse o grupo. "Esta é uma emergência que exige ação e atenção imediatas", segue a carta.
Segundo a associação comercial, não é possível trazer de volta a fabricação de calçados aos EUA porque isso exigiria "investimento de capital significativo e anos de planejamento para mudança de fornecedores". Ainda, afirmam que não têm como arcar com esses custos enquanto ajustam seus modelos de negócios para focar na produção doméstica.
Em sua ofensiva protecionista, Trump impôs taxas entre 10% e 40% para diversos países. Entre eles estão o Vietnã e Indonésia, onde ocorre grande parte da produção de calçados dessas marcas. Apesar do presidente ter anunciado uma pausa de 90 dias na maioria das taxas - o que inclui as impostas aos países asiáticos - há um clima de incerteza sobre suas próximas medidas.