Fachada do Banco Central
Marcello Casal JR. / Agência Brasil
Fachada do Banco Central

O Banco Central (BC)  reduziu de 2,1% para 1,9% a projeção para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil em 2025. O dado consta no relatório de política monetária do primeiro trimestre, divulgado nesta quinta-feira (27).

A autoridade monetária prevê uma desaceleração das atividades econômicas em relação ao ano de 2024, quando o PIB cresceu 3,4%.

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“O PIB cresceu fortemente em 2024, 3,4%, mas desacelerou mais que o esperado no quarto trimestre, ao crescer 0,2%. A desaceleração foi mais nítida nos setores mais sensíveis ao ciclo econômico, no consumo das famílias e na formação bruta de capital fixo. Nesse contexto, a projeção para o crescimento do PIB em 2025 foi revisada para baixo, de 2,1% para 1,9%, com maior redução na expectativa dos componentes mais cíclicos”, diz o documento.

Inflação

Além da redução no PIB, a autoridade monetária indica que a inflação para este ano deve cair para 5,01%. Apesar da queda, ela segue acima da meta, que é de  3%, podendo variar 1,5% para mais ou menos.

Segundo a análise do BC, a economia aquecida impulsiona o aumento da inflação e dificulta a convergência para a meta. Em doze meses, a taxa subiu de 4,87% em novembro para 5,06% em fevereiro, segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

“Nas projeções do cenário de referência, a inflação continua acima do limite do intervalo de tolerância ao longo de 2025, começando a cair a partir do quarto trimestre, mas ainda permanecendo acima da meta. Nesse cenário, a inflação acumulada em quatro trimestres fica na faixa de 5,5%-5,6% nos três primeiros trimestres de 2025, cai para 5,1% no final do ano, 3,7% em 2026 e 3,1% no último período considerado, referente ao terceiro trimestre de 2027”, afirma o BC.

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Ainda segundo o documento, a inflação para 2025 aumentou 0,6 ponto percentual (p.p.) em relação ao relatório anterior, sobretudo nas projeções relacionadas aos preços livres. Quanto aos preços administrados, a projeção é de redução.

“Os efeitos dos aumentos das expectativas de inflação e da inércia decorrente das surpresas inflacionárias e da revisão das projeções de curto prazo pressionaram as projeções para cima, enquanto a subida da taxa de juros real, a apreciação cambial e a queda do preço do petróleo contribuíram para baixo”, diz o relatório.

O documento também destaca os desafios do ambiente externo, que seguem exigindo cautela por parte de países emergentes.

Segundo a autoridade monetária, a situação econômica e política nos Estados Unidos, sobretudo nas relações comerciais, fomentam as dúvidas sobre a velocidade da desaceleração da economia e da queda da inflação. Isso tem impacto direto sobre a postura do Federal Reserve (Fed) e o ritmo de crescimento de outras nações.

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