Galípolo defende que conflito de Israel e Hamas não vai interferir no ciclo de cortes da Selic
Agência Senado
Galípolo defende que conflito de Israel e Hamas não vai interferir no ciclo de cortes da Selic


Aos 42 anos, Gabriel Galípolo pode ser o presidente mais jovem do  Banco Central (BC) desde 1999. O diretor de Política Monetária da autarquia foi indicado por Lula ao cargo, em 28 de agosto.

A nomeação foi  aprovada por sabatina na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) e irá ser votada no Plenário do Senado ainda nesta terça-feira (8).

Idade dos presidentes do BC ao assumirem o cargo

Antes de Galípolo, o mais jovem a estar na cadeira foi Armínio Fraga , que assumiu a presidência do BC em março de 1999, aos 41 anos.

Depois de Armínio, Henrique Meirelles assumiu o BC em 2003, aos 57 anos; Alexandre Tombini, em 2011, aos 47 anos; Ilan Goldfajn, em 2016, aos 50 anos; e Roberto Campos Neto, em 2019, aos 49 anos.

Na CAE, Galípolo foi aprovado por unanimidade, e seu nome ainda vai ser debatido no Plenário no mesmo dia. Assim como na CAE, a votação será secreta e o nome deve ser aprovado pela maioria dos votantes. O relator da indicação é o líder do governo, senador Jaques Wagner (PT-BA).

Se aprovado no Senado, Galípolo comandará a instituição a partir de janeiro de 2025. Ele substituirá Roberto Campos Neto, cujo mandato no Banco Central vai até o dia 31 de dezembro. A mensagem do Executivo com a indicação de Galípolo chegou ao Senado no dia 2 de setembro.


Quando indicado à diretoria de Política Monetária do BC, Galípolo já havia passado por sabatinas na Casa Alta. A sessão foi esvaziada (com quase 29 ausências), e a aprovação, tranquila (com 39 votos). Na oportunidade, o sabatinado defendeu a harmonização das políticas monetária e fiscal e os esforços do governo para ajustar suas contas.

Quem é Gabriel Galípolo?

Gabriel Galípolo, economista de 42 anos, é o atual diretor de Política Monetária do BC. Nascido em São Paulo, ele foi secretário-executivo do Ministério da Fazenda no início da gestão de Fernando Haddad e ocupa a diretoria do BC desde julho de 2023. Formado pela PUC-SP, foi professor universitário de 2006 a 2021 e presidiu o banco Fator de 2017 a 2021.

Considerado um heterodoxo moderado, o mercado não vê em Galípolo alguém da bancada do PT, mas sim alguém bastante preparado para servir de ponte entre o mercado e o governo.

O perfil “fora da caixa” do economista também chama atenção dos economistas em geral. Galípolo defende conceitos econômicos em prol do desenvolvimento, como o apoio do Estado na industrialização e a crítica ao teto de gastos. Ele rejeita a oposição de políticas públicas ao setor privado, optando por concessões, parcerias público-privadas (PPPs) ou mesmo privatizações em determinados casos.

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** Formado em jornalismo pela UFF, em quatro anos de experiência já escreveu sobre aplicativos, política, setor ferroviário, economia, educação, animais, esportes e saúde. Repórter de Último Segundo no iG.

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