O Indicador de Clima Econômico (ICE) da América Latina aumentou 3,7 pontos na transição do quarto trimestre de 2023 para o primeiro trimestre de 2024, alcançando 105,7 pontos. Esse é o maior valor registrado desde o primeiro trimestre de 2013, quando atingiu 109,8 pontos, conforme apontado por um levantamento realizado pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV).
No Brasil, o aumento foi impulsionado pela melhoria das expectativas em relação aos meses seguintes. O ICE brasileiro aumentou 14,6 pontos no primeiro trimestre de 2024, atingindo 114,6 pontos, situando-se na zona favorável (acima de 100 pontos).
“Ressalta-se que é esperado o agravamento da crise argentina, dadas as medidas de contenção fiscal que se refletem numa queda do PIB (Produto Interno Bruto) em 2024 maior do que em 2023”, defendeu em nota a FGV.
Houve uma melhora em oito dos dez principais países, sendo que o avanço no Brasil impulsionou a média do ICE no primeiro trimestre. No ICE, o Índice de Situação Atual (ISA) aumentou 1,8 ponto na transição do quarto trimestre de 2023 para o primeiro trimestre de 2024, atingindo 98,0 pontos. Já o Índice de Expectativas (IE) registrou um crescimento de 5,7 pontos, alcançando 113,7 pontos.
“Entre as maiores economias analisadas, Brasil, Colômbia, Peru e Argentina foram as que mais contribuíram para o aumento do ICE da região. O México, a segunda maior economia da região, teve contribuição negativa. A queda ocorreu após o país liderar a melhora no ICE no 4º trimestre de 2023”, apontou a instituição.
FMI
Em fevereiro, o Fundo Monetário Internacional (FMI)
apontou o Brasil como a maior economia da América Latina em 2023. Os dados são do World Economic Outlook, relatório elaborado pela entidade.
Segundo projeção do FMI, o Brasil retornou ao ranking das 10 maiores economias globais em 2023, ocupando a nona posição, superando o Canadá, cujo PIB foi estimado em US$ 2,12 trilhões.
O Brasil encabeça o ranking com 20 países, apresentando um PIB
estimado em US$ 2,13 trilhões. O México segue em segundo lugar, com um PIB avaliado em US$ 1,81 trilhão, enquanto a Argentina ocupa a terceira posição, com um PIB previsto de US$ 621,83 bilhões.