Fachada do Banco Central do Brasil
Marcello Casal Jr/Agência Brasil
Fachada do Banco Central do Brasil

O Banco Central (BC) sinalizou na última quarta-feira (31), que vai cortar a taxa básica, a Selic, de 11,25% para 10,75% ao ano a partir de março. Seria um corte de 0,5 ponto percentual do patamar atual e o menor nível desde março de 2022.

No texto da ata divulgada pelo Comitê de Política Monetária (Copom), que está mais alinhado ao governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT),  não consta grandes mudanças na política monetária, que manteve o ritmo de cortes.

“Em suma, os dados de atividade divulgados desde a última reunião corroboram o cenário delineado pelo Copom e não houve alteração substancial sobre o cenário de crescimento”, afirma o texto.

Ambiente interno

No que tange ao cenário interno, a ata ressalta uma "moderação no crescimento econômico, mas com resiliência no consumo das famílias”, destacando que as “expectativas de inflação para 2024 e 2025, apuradas pela pesquisa Focus, se encontram em torno de 3,8% e 3,5%, respectivamente”.

Cenário internacional

Segundo o relatório, os diretores do BC avaliam que o ambiente externo segue volátil, com a efervescência do processo de flexibilização da política monetária nas principais economias e pelos indícios da queda de núcleos de inflação, que continuam em níveis elevados em diversos países.

Próximos passos

Os membros do Copom concordaram unanimemente que os cortes de 0,50 ponto percentual nas próximas reuniões representam o ritmo apropriado para manter a política monetária contracionista adequada para o processo desinflacionário.

De acordo com a ata, "tal ritmo conjuga, de um lado, o firme compromisso com a reancoragem de expectativas e a dinâmica desinflacionária e, de outro, o ajuste no nível de aperto monetário em termos reais diante da dinâmica mais benigna da inflação antecipada nas projeções do cenário de referência”.

Quanto à extensão do ciclo de cortes, o comitê ressalta na ata que ela “dependerá da evolução da dinâmica inflacionária, em especial dos componentes mais sensíveis à política monetária e à atividade econômica, das expectativas de inflação, em particular as de maior prazo, de suas projeções de inflação, do hiato do produto e do balanço de riscos”.

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