Pela terceira semana consecutiva, o mercado revisou para baixo a expectativa para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2024. A projeção agora indica que o índice, que mede a inflação oficial, encerre o ano em 3,81%, comparado aos 3,86% registrados na semana anterior.
As informações foram divulgadas pelo Banco Central nesta terça-feira (30).
A projeção permanece superior ao centro da meta oficial, estabelecida em 3,0%, entretanto, encontra-se abaixo do limite máximo de 4,50%. Para os anos de 2025, 2026 e 2027, a pesquisa continua indicando uma expectativa de aumento de 3,50% para o IPCA.
A pesquisa evidenciou que os especialistas consultados mantêm a visão de que a Selic permanecerá em 9% ao término de 2024 e se situará em 8,50% em 2025.
O Comitê de Política Monetária (Copom) dá início, nesta terça-feira (30), à sua primeira reunião do ano destinada a deliberar sobre a Selic. A sessão vai até quarta-feira, (31). A perspectiva é que o comitê prossiga com a redução da Selic em 0,5 ponto percentual.
A confiança nessa direção é respaldada pelo comportamento da inflação. O IPCA encerrou o ano de 2023 com uma elevação acumulada de 4,62%, situando-se dentro da faixa da meta estabelecida pelo BC, que era de 3,25%, com uma margem de tolerância de 1,5% para mais ou para menos.
No boletim mais recente, a estimativa é de que o IPCA termine o ano em 3,86%. Quanto à Selic, as projeções mantêm-se estáveis, atingindo 9% ao final deste ano e permanecendo em 8,5% em dezembro de 2025.
Qual a importância da Selic?
No Brasil, a taxa desempenha um papel fundamental na política monetária
. O Banco Central utiliza esse sistema para influenciar diretamente o ritmo de crescimento e alcançar metas relacionadas à inflação, sendo a variável central da política monetária. E quando a economia apresenta um desempenho fraco e não há riscos inflacionários, é possível reduzir a taxa de juros, estimulando o consumo e os investimentos da população brasileira.
Já a política fiscal refere-se diretamente às decisões do governo relacionadas aos gastos públicos, arrecadação de impostos e gestão da dívida pública. A ideia é buscar o equilíbrio das contas públicas, promover o desenvolvimento e garantir a estabilidade financeira.
Assim como a inflação, espera-se que o dólar também se valorize em relação ao real. Taxas de juros elevadas têm o poder de atrair investidores estrangeiros, pois investimentos de renda fixa são considerados mais seguros e oferecem retornos superiores aos investimentos de renda variável. Esse cenário geralmente resulta em uma valorização da moeda estrangeira em relação à moeda local