Nesta quarta-feira (10), a Vibra anunciou que a Petrobras informou que não tem a intenção de renovar o acordo de licenciamento de marcas nos mesmos termos quando o contrato chegar ao fim, o que é previsto para junho de 2029.
O comunicado da Petrobras, de acordo com a Vibra, "não gera qualquer mudança na estratégia da companhia em relação a seus revendedores e clientes em geral".
Dessa forma, a empresa, que tem origem na privatização da BR Distribuidora, afirmou que ela e a Petrobras continuam com a parceria para o uso de marcas. Segundo a Vibra, os mais de 8.300 postos espalhados pelo Brasil vão seguir usando a bandeira da Petrobras e as marcas que estão associadas a ela, pelo menos até o fim do contrato.
"Nosso contrato segue ativo e nada muda. Seguimos com excelente parceria com a Petrobras. Uma de nossas principais forças é a parceria que temos com a nossa rede de revendedores", afirmou o CEO da Vibra, Ernesto Pousada, em comunicado.
Na nota, a empresa disse que a possibilidade de não renovação do acordo depois de 2029 já fazia parte dos planos de médio e longo prazos da Vibra.
Segundo a Petrobras, a não renovação do contrato vai permitir "a eventual avaliação de novas estratégias de gestão de marca e oportunidades de negócios".
À agência de notícias Reuters , uma fonte da Petrobras afirmou, em anonimato, que "esse é um começo amigável que já foi conversado desde o ano passado com eles".
"A gente levou um ano pensando, analisando e até conversando com a própria Vibra, e agora demos esse passo", disse. "Não é quebra de contrato… Esse contrato nos termos de hoje não nos interessa renovar nas bases de hoje", acrescentou.
A fonte ainda afirmou que o contrato acertado com a Vibra na gestão anterior da estatal foi "severo", limitando a Petrobras de interagir "diretamente com o consumidor mesmo para novas formas de abastecer veículos automotivos ou novas formas de abastecimento".