Polícia Rodoviária Federal
Polícia Rodoviária Federal/Divulgação
Polícia Rodoviária Federal

Na última semana do ano, o governo federal assinou acordos de reajuste salarial para membros da Polícia Federal (PF) e da Polícia Rodoviária Federal (PRF) . O Ministério da Gestão fez o anúncio após meses de negociação.

O aumento será dividido em três partes: em agosto de 2024, maio de 2025 e maio de 2026. Na PF, o reajuste beneficiará delegados, peritos, agentes, escrivães e papiloscopistas. Negociações com policiais penais continuam em andamento.

Na classe especial da PF, o reajuste acumulado será de 22,6%. Com isso, delegados no topo da carreira receberão R$ 41,3 mil em 2026. Já na terceira classe, o aumento será de 7,77%.

Na PRF, os reajustes acumulados variarão de 13,56% a 27,48%. O maior salário na corporação atingirá R$ 23 mil. Atualmente, o teto do funcionalismo público, estabelecido pelo salário dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), está em R$ 41,6 mil. No entanto, já está definido que em 2025 esse valor será de R$ 46,3 mil.

Os reajustes para delegados e peritos da PF serão os seguintes:

Classe especial: 22,62%
Primeira classe: 16,55%
Segunda classe: 16,55%
Terceira classe: 7,77%
No dia 13, cinco entidades de classe da PF expressaram "insatisfação" e "repúdio" com o que consideraram "descaso" do governo após um impasse na negociação. Após o acordo, o presidente da Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF), Luciano Leiro, afirmou que o acordo foi um "avanço significativo", mas lamentou a exclusão dos servidores administrativos e o reajuste inferior na terceira classe.

Em março, o diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, enviou ao ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, um projeto de reestruturação da carreira. Esse projeto estabelecia uma correção salarial entre 37,7% e 42,3% para a carreira de delegados e entre 65,3% e 79,6% para outras categorias, como peritos. No entanto, a demora nas negociações resultou em uma espécie de "greve branca", que chegou a afetar inquéritos, incluindo os que envolvem o ex-presidente Jair Bolsonaro.

Paralelamente, o Executivo tem negociado um reajuste para todos os servidores públicos. No dia 22, foi apresentada uma proposta de correção de 9%, em duas parcelas, sendo a primeira paga em maio de 2025 e a segunda em maio de 2026.

Para 2024, o governo propôs melhorias nos benefícios, como vale-alimentação, e reajustes nos auxílios creche e saúde.

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