A saída de Maria Rita Serrano da presidência da Caixa Econômica Federal é vista como uma questão de tempo e faz parte das negociações políticas entre o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o Centrão.
O objetivo desse acordo é garantir o apoio no Congresso Nacional das legendas União Brasil, PP e Republicanos às pautas do Palácio do Planalto.
Atualmente, as tratativas estão em uma fase avançada, concentrando-se na escolha do nome que ocupará o lugar de Maria Rita Serrano.
Entre os cotados, Paulo Henrique Bezerra, atual presidente do Banco de Brasília, é apontado como favorito. Outras opções incluem Pedro Ermírio de Almeida Freitas Filho e Gilberto Occhi.
Contudo, a escolha não se resume apenas à presidência da Caixa. O Centrão também tem apresentado nomes para as vice-presidências do banco, mas o governo Lula resiste em ceder o controle da área que gerencia o programa "Minha Casa Minha Vida."
Outro impasse nas negociações é a falta de uma opção feminina para substituir Maria Rita Serrano. Lula tem solicitado ao Centrão que indique uma mulher para a posição.
Embora a troca na presidência da Caixa seja uma certeza, existe a possibilidade de que essa mudança seja adiada para o início de 2024.
A declaração pública de Lula de que não pretende alterar o comando do banco em 2023 gerou algum desconforto com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). Isso aconteceu poucos dias após Lira afirmar que o acordo com o Centrão envolvia a transferência do controle da Caixa para o grupo político.
No entanto, Lula explicou a Lira que a troca precisa ser cuidadosamente planejada, o que pode demandar tempo.
O presidente assegurou que a Caixa permanecerá sob a influência do Centrão, enfatizando que a transição será realizada de maneira estratégica.