47% do mercado avalia governo como negativo
José Cruz/Agência Brasil
47% do mercado avalia governo como negativo

O governo Lula (PT) é avaliado positivamente por 12% do mercado financeiro ,  41% como regular, e como negativo por 47%. De acordo com pesquisa da Genial/Quaest divulgada na última terça-feira (19). O estudo consultou um total de 87 profissionais que atuam em fundos de investimento localizados nas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro.

A coleta de dados foi realizada por meio de entrevistas online, utilizando questionários estruturados.

Segundo 95% dos entrevistados, o governo não conseguirá eliminar o déficit primário em 2024 . Apenas 5% dos 87 profissionais consultados acreditam que a meta fiscal será alcançada nesse ano.

Mesmo que todas as medidas anunciadas pelo governo para impulsionar a arrecadação em 2024 sejam aprovadas, somente 14% dos entrevistados preveem que o conjunto de medidas resultará na eliminação do déficit nas contas públicas. Por outro lado, 86% afirmam que a meta fiscal será descumprida, independentemente das ações destinadas a aumentar as receitas.

Em agosto, em uma coletiva de imprensa ao lado do ministro da Fazenda , Fernando Haddad, Simone Tebet , ministra do Planejamento, comentou sobre a meta de déficit zero, presente no Orçamento. "Estamos entregando um Orçamento com o objetivo de alcançar, e com a certeza de que conseguiremos, apesar das dificuldades, alcançar a meta zero no ano que vem", disse ela. Segundo a ministra, são necessários R$ 168 bilhões em receitas para que o déficit seja zerado em 2024. 

Questionado sobre a dificuldade de atingir esse valor, Haddad disse que "não está negando o desafio", mas está "afirmando o compromisso em obter o melhor resultado possível". O ministro acrescentou que a Receita Federal é muito conservadora nas projeções de receita, e que o Orçamento é uma "peça técnica" e segue essas projeções. "Esses modelos da Receita não tem política que põe a mão", disse.

A avaliação desfavorável do governo Lula aumentou em 3 pontos percentuais em comparação com a pesquisa anterior, divulgada em julho.  Na época, 20% dos entrevistados avaliaram o governo de forma positiva, enquanto 36% o classificaram como regular. 

Por outro lado, a confiança em Lula manteve-se praticamente inalterada: aqueles que manifestam pouca ou nenhuma confiança no presidente passaram de 95% em julho para 91% em setembro, enquanto os que afirmam confiar muito variaram de 1% para 2%.

A proporção daqueles que têm um grau intermediário de  confiança no presidente aumentou de 1% para 2% durante o mesmo período.

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