O Ministério da Fazenda do Brasil revisou sua estimativa de crescimento econômico para o país em 2023, aumentando-a de 2,5% para 3,2%. Essa revisão, que foi divulgada nesta segunda-feira (18), foi baseada em diversos fatores, como o crescimento do PIB no segundo trimestre, expectativas de aumento na safra, resultados positivos no terceiro trimestre e uma possível recuperação da economia chinesa no quarto trimestre.
O PIB é um indicador que mede a soma de todos os bens e serviços produzidos em um país, sendo usado para avaliar o crescimento econômico.
As estimativas de crescimento econômico feitas pelo governo superam as previsões do mercado financeiro, que esperam um aumento de 2,89% no PIB em 2023, de acordo com dados do Banco Central do Brasil. Isso reflete a confiança do Ministério da Fazenda na economia.
O mercado financeiro também revisou suas estimativas após o crescimento de 0,9% no segundo trimestre, superando as expectativas anteriores de 2,64% para 2023.
Para 2024, o Ministério da Fazenda manteve sua projeção de crescimento do PIB em 2,3%, com expectativas de benefícios para a indústria e o setor de serviços devido a programas de incentivo, renegociação de dívidas e transferências de renda.
O secretário de Política Econômica, Guilherme Mello, destacou que as projeções do Ministério da Fazenda têm sido apoiadas pelas estimativas do mercado financeiro.
“O conjunto de projeções do mercado [...] tem tido um resultado bastante benigno na nossa leitura em relação à dinâmica da economia brasileira e tem tido também um comportamento que tem confirmado de alguma forma as projeções que nós fazemos aqui na SPE [Secretaria de Política Econômica]”, explicou.
Inflação no Brasil
Em relação à inflação, o governo prevê que ela permanecerá em 4,85% em 2023, com a alta dos preços dos combustíveis compensada pela redução nos preços de alimentos e outros serviços. A meta de inflação para este ano é de 3,25%, com uma faixa de variação entre 1,75% e 4,75%.
Para 2024, a projeção para a inflação foi ajustada para 3,4%, devido a mudanças no cenário de câmbio e preços das commodities. O governo leva em consideração diversos fatores, como os preços do petróleo e os impactos climáticos, ao fazer suas projeções de inflação.