123milhas: empresa anuncia plano de reestruturação com demissões
Divulgação/123milhas
123milhas: empresa anuncia plano de reestruturação com demissões

Nesta segunda-feira (28), a 123milhas anunciou o início de um "plano de reestruturação interna" após os problemas com emissões de passagens e suspensão de pacotes promocionais. A empresa está demitindo funcionários como parte desse plano, visando se adequar ao novo contexto de mercado.

“Essa difícil decisão faz parte das medidas para mitigar os efeitos da forte diminuição das vendas. A empresa está trabalhando para, progressivamente, estabilizar sua condição financeira”, diz a nota.

O Procon-SP deu início a uma investigação contra a 123milhas devido ao cancelamento de viagens de seus clientes na última quinta-feira, (24). A empresa já havia sido notificada anteriormente pelo órgão de defesa do consumidor, porém, após avaliação, o  Procon-SP considerou insatisfatória a resposta fornecida pela empresa aos "pedidos de esclarecimentos preliminares".

Entenda o caso 

Na última semana, a 123milhas informou que não vai honrar seus compromissos com os clientes e deixará de emitir passagens de viagens que deveriam acontecer entre setembro e dezembro deste ano. As passagens em questão são da categoria "Promo", que vendia pacotes mais baratos com datas flexíveis.

De acordo com a 123milhas, os cancelamentos de viagens devem-se "à persistência de fatores econômicos e de mercado adversos, entre eles, a alta pressão da demanda por voos, que mantém elevadas as tarifas mesmo em baixa temporada, e a taxa de juros elevada".

Na última semana, o secretário Nacional do Consumidor, Wadih Damous, disse que "a argumentação de que houve alteração no cenário econômico não é problema do consumidor", e que "os riscos do negócio pertencem à empresa que oferece os serviços".

Para reembolsar os clientes, a 123milhas não oferece a opção em dinheiro, mas apenas em vouchers para serem usados em outros produtos da empresa. A prática é proibida pelo Código de Defesa do Consumidor, o que fez a empresa ser notificada por Procons estaduais e pela  Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) ,  além de ser investigada pela Justiça.

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