O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que a deflação de 0,08%
, registrada nesta terça-feira pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), era prevista, e disse que aguarda "boas notícias" em agosto, se referindo à possível redução na taxa de juros por parte do Banco Central (BC).
"Era o esperado, o Brasil hoje está na melhor situação possível, e nós temos tudo para começar um ciclo novo de desenvolvimento. Insisto nisso já há alguns meses. Espero que a gente tenha mais boas notícias a partir de agosto", disse Haddad, após reunião com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco , com quem tratou sobre a reforma tributária.
Nos dias 01 e 02 de agosto, o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC se reúne para definir a taxa Selic. Atualmente, os juros básicos estão em 13,75% ao ano, mesmo patamar desde agosto do ano passado - descontada a inflação, a taxa é a mais alta do mundo.
A Selic é o mecanismo utilizado pelo BC para controlar a inflação. Com a melhoria nos indicadores, o Copom já havia sinalizado, em sua última ata, que um ciclo de corte de juros poderia se iniciar em agosto.
Nesta segunda-feira (10), o mercado financeiro reduziu a expectativa de inflação para 2023, o que também é considerado um sinal positivo. Segundo o boletim Focus, do próprio BC, a estimativa caiu de 4,98% para 4,95%.