O Banco Central dos Estados Unidos (Federal Reserve, o Fed) anunciou nesta quarta-feira (3) o aumento da taxa de juros do país em 0,25 ponto percentual. O intervalo passou de 4,75% a 5% ao ano para 5% a 5,25% ao ano.
Esta é a décima alta consecutiva da taxa de juros estadunidense, que atinge agora o maior patamar desde junho de 2006. Especialistas de mercado apontam que a taxa deve permanecer neste patamar até o final do ano, sem indícios de cortes.
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A inflação nos Estados Unidos desacelerou de 6% para 5% nos últimos 12 meses. Apesar desse ser o menor nível desde maio de 2021, a taxa ainda está acima da meta, que é de 2%. Por isso, o Fed sobe os juros, a fim de perseguir a meta. "O comitê busca atingir o máximo de emprego e inflação à taxa de 2% no longo prazo", declarou o órgão.
Antonio van Moorsel, estrategista-chefe e sócio da Acqua Vero, afirma que esse resultado nos Estados Unidos pode fazer com que o real fique mais valorizado frente ao dólar.
"Quando nós fazemos a diferença entre o juro brasileiro e o juro norte-americano, a perspectiva de um diferencial de juro em patamar elevado contribui para uma apreciação do câmbio, ou seja, um real valorizado", explica.
Nesta quarta-feira, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) vai definir a taxa de juros da economia brasileira, e a expectativa do mercado é de que o órgão mantenha a Selic em 13,75% ao ano, patamar em que se encontra desde agosto do ano passado.