O ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, afirmou nesta segunda-feira (27) que o governo ainda não tem data para apresentar o arcabouço fiscal, regra que vai substituir o atual teto de gastos.
"O presidente ainda vai definir esse cronograma com o ministro [da Fazenda] Fernando Haddad, que lidera o debate do marco fiscal. Certamente durante a semana esse tema vai ser tratado no ambiente interno no governo", declarou Padilha.
Mais cedo, o secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Gabriel Galípolo, disse que a pasta pretende apresentar o texto "o quanto antes" .
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O arcabouço fiscal seria apresentado depois da viagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à China, mas ficou sem data após o cancelamento da missão , que se deu por conta de Lula ter sido diagnosticado com broncopneumonia bacteriana e viral por influenza A.
Segundo Padilha, Haddad e Lula devem se reunir nesta semana para que o ministro fale sobre as conversas que teve sobre o arcabouço fiscal nas últimas semanas com os presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco, e das Câmara dos Deputados, Arthur Lira, além dos líderes do governo nas duas Casas.
Na sexta-feira (24), Haddad disse que a área técnica do Ministério da Fazenda já fechou o arcabouço fiscal , que agora só depende do aval de Lula.
"A expectativa é de um ambiente muito positivo no Congresso Nacional", disse Padilha. "Tenho conversado diretamente com os líderes da base e da oposição, com o presidente Rodrigo Pacheco, com o presidente Arthur Lira. É um clima muito positivo para, chegando a regra fiscal no Congresso Nacional, possa ser debatida com muita qualidade e celeridade", completou.
Na última quinta-feira (23), Lira afirmou que Haddad "tem o respaldo da Câmara dos Deputados com relação ao texto do arcabouço".