A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, disse neste sábado (25) que a pasta vai garantir as verbas necessárias para realização do Censo do IBGE (Instituto Brasileiro de Pesquisa e Estatística) , previsto para ser finalizado em abril deste ano.
Tebet participou de evento na Cidade Nova Heliópolis, em São Paulo, para concluir o Censo nas favelas brasileiras. Ela também aproveitou a ocasião para criticar o governo Bolsonaro por ter reservado pouco dinheiro para a pesquisa, acusando-o e "negacionismo" estatístico.
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“Lamentavelmente, faltou dinheiro no ano passado porque o governo passado não acreditava em estatísticas e evidências, atrasamos o [Censo do] IBGE. Foi feito, lamentavelmente, um discurso que não servia para nada”, disse a ministra. “Quem paga é toda a população brasileira. Esse negacionismo, nós temos 4 anos para derrubar”, completou.
Ela afirmou que é necessário que se crie uma base de dados consolidada para a produção de políticas públicas eficazes. A ministra disse ainda que usará a pesquisa para analisar necessidades de escolas, creches, postos de saúde e outras melhorias para a população.
“A ciência passou a ser novamente valorizada. Nós não vamos aceitar o negacionismo. O IBGE que foi massacrado nos últimos anos por falta de recursos e estrutura vai ter todo apoio do governo federal. Orçamento público não vai faltar para isso”, disse a ministra.
O Censo deveria ocorrer a cada dez anos, no entanto, por conta da pandemia, em 2020, e falta de verba, em 2021, os agentes só saíram às ruas no dia 1º de agosto de 2022, 12 anos e meio depois do último levantamento e por ordem do Supremo Tribunal Federal (STF).