Fernando Haddad seguirá discutindo nova regra fiscal nos próximos dias
Antonio Cruz/Agência Barsil
Fernando Haddad seguirá discutindo nova regra fiscal nos próximos dias

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta segunda-feira (20) que vai se reunir com o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, e com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, antes de fazer a apresentação do arcabouço fiscal, que deve acontecer ainda nesta semana.

Haddad disse que a  reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na última sexta-feira (17), na qual apresentou a ele a nova regra fiscal que substituirá o teto de gastos, foi "muito proveitosa". Lula pediu para o ministro ter "algumas conversas importantes" antes da apresentação do arcabouço fiscal. "Acho que o presidente mantém a intenção de anunciar antes da viagem para a China [na próxima sexta-feira]", disse Haddad.

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Segundo Haddad,  Lula pediu para ele conversar com os presidentes da Câmara e do Senado, com alguns economistas e com os líderes do governo na Câmara, deputado José Guimarães, no Senado, senador Jaques Wagner, e no Congresso, senador Randolfe Rodrigues. 

"Nós vamos agendar hoje essas reuniões, que devem acontecer entre hoje e amanhã", disse o ministro. As conversas com Guimarães e Wagner já estão agendadas para a manhã desta segunda-feira.

De acordo com o colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo, Lira deve entregar a relatoria do arcabouço fiscal a algum deputado do PP , oposição do governo. Haddad não comentou se a relatoria do projeto será uma das pautas de sua conversa com o presidente da Câmara.

O ministro acrescentou que, embora a apresentação do arcabouço fiscal deva ser feita ainda nesta semana, o projeto de lei complementar pode ser enviado até o dia 15 de abril, prazo para a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) ser enviada ao Congresso Nacional.

Questionado sobre possíveis críticas da ala política do governo ao arcabouço fiscal, Haddad respondeu que "toda decisão é técnica e política, ainda mais uma decisão dessa importância", e que é "por isso que é o presidente da República quem dá a última palavra".

"Eu não vejo essa divisão no governo, entre ala política e ala econômica, nem sei do que se trata. Eu fui candidato a presidente da República pelo Partido dos Trabalhadores, então eu sou de que ala?", questionou o ministro.

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