Eduardo Rios Neto deixou o cargo de presidente do IBGE nesta terça-feira
Fernando Frazão/Agência Brasil
Eduardo Rios Neto deixou o cargo de presidente do IBGE nesta terça-feira

O presidente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Eduardo Rios Neto, foi exonerado do cargo, informou o governo federal nesta terça-feira (3). A medida já foi publicada no Diário Oficial da União pelo ministro da Casa Civil, Rui Costa.

O texto traz o diretor de pesquisas, Cimar Azeredo, como substituto interino. Ainda não há nomes discutidos para o comando do instituto.

Além de Rios Neto, o governo exonerou a diretora-executiva, Marise Maria Fernanda, e a diretora-adjunta, Rose Mary Rodrigues. A publicação não traz nomes interinos para os cargos.

As demissões acontecem em meio às conclusões das apurações de dados para o Censo Demográfico de 2022. Iniciado em agosto, com dois anos de atraso, o levantamento era para ser concluído em novembro, foi prorrogado para dezembro e, agora, deve ter os dados compilados até 31 de janeiro.

O atraso, segundo o IBGE, se deu pela negativa da participação de algumas pessoas, além da dificuldade de contato, principalmente em condomínios. Outro fator que atrapalhou os planos do instituto foi a falta de recenseadores.

Eduardo Rios Neto assumiu a presidência do IBGE em abril de 2021, após o pedido de demissão de Susana Cordeiro Guerra. Na época, a então presidente se posicionou contrariamente aos cortes de verba promovidos pelo Palácio do Planalto.

A gestão de Rios Neto foi marcada pelo atraso na apuração do Censo e pelo corte de 90% na verba do instituto. A pesquisa demográfica deveria ser realizada em 2020, mas a pandemia provocou o adiamento em um ano. Já em 2021, a redução drástica dos valores repassados para o IBGE causou a prorrogação da pesquisa para 2022.

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