Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central
José Cruz/Agência Brasil
Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto , afirmou nesta quinta-feira (15) que não deve retomar ao cargo após o fim de seu mandato. 

"Acho que um mandato é suficiente para fazer o que é preciso fazer. O BC não é [...] e não deveria ser uma coisa de um mandato, é um trabalho que tem continuidade", disse. "Nós [ Fernando Haddad , ministro da Fazenda do governo eleito] não discutimos isso, mas eu pretendo ficar até o fim do meu mandato", continuou.  

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Mais cedo, Campos Neto concedeu uma entrevista no prédio do BC, em Brasília. Durante a conferência, o presidente do Banco Central apresentou o Relatório Trimestral de Inflação. A autoridade fiscal estima uma taxa de 6% de juros ao ano para 2022, e 5% para 2023 .

A resposta vem após uma série de sinalizações do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), de que poderia oferecer o cargo novamente para o atual presidente. Campos Neto iniciou como líder da autoridade fiscal antes da independência do governo federal em 2019, e foi indicado por Jair Bolsonaro (PL).

Reunião com Haddad

Esta semana, o presidente do Banco Central participou de um almoço com Haddad, e durante a coletiva afirmou que a conversa foi "muito boa" e que espera um próximo encontro. 

"Tocamos vários pontos, são pontos importantes para nossa coordenação. O ponto principal foi coordenação de política fiscal e monetária, mas tocamos outros pontos, como reformas, como agenda de crédito, acesso de empresas ao mercado de capitais", disse Campos Neto.  "Ele disse que concordava com quase todos os pontos [..] a gente acredita que é muito importante ter uma coordenação da política fiscal e monetária", ressaltou.

Campos Neto continuou, dizendo que pretende participar de reuniões sobre futuros nomes para diretores do BC. Em 2023, o mandato de Bruno Serra e Paulo Souza deve se encerrar.

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