Ministro da Economia, Paulo Guedes
EDU ANDRADE/Ascom ME 10.03.2022
Ministro da Economia, Paulo Guedes

Em seu primeiro pronunciamento após o resultado das eleições presidenciais, o ministro da Economia Paulo Guedes criticou, nesta sexta-feira (18), a PEC da transição e a gestão da  equipe do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

"Se fizer menos barulho e trabalhar um pouquinho mais com a cabeça, e menos com a mentira, talvez possa ser um bom governo. Só depende de não mentir", continuou o ministro, durante fala em evento de celebração dos 30 anos da Secretaria de Política Econômica. "Já ganhou, cala a boca, vai trabalhar, vai construir um negócio melhor".

O ministro chega a questionar as informações sobre a fome no país. De acordo com sua fala, o governo de Jair Bolsonaro (PL) "descobriu os invisíveis", e afirmou que a estimativa de 40 milhões de brasileiros passando fome no país é falsa e que já existia em governos anteriores.

O número foi levantado pelo Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar, e leva em consideração o período da pandemia de Covid-19.

O vírus também foi tópico para a discussão do evento. Segundo ele, o desempenho econômico do Brasil foi melhor em comparação aos outros governos levando em consideração a pandemia e o conflito da Ucrânia.

Sobre a Proposta de Emenda à Constituição, que liberaria gastos governamentais do teto de gastos para o próximo governo, Guedes afirmou que há uma "confusão" sobre o estouro, e criticou a falta de planejamento do financiamento dos gastos para 2023 por parte da equipe do petista.

O ministro também citou o teto de gastos, afirmando que a regra impõe controle sobre os custos do governo federal, porém admitiu que Bolsonaro não seguiu a legislação. Segundo o ministro, o teto de gastos para 2019 teria sido "mal construído", e que não estava de acordo com o método de distribuição de renda para Estados e municípios do governo.

Recentemente, um levantamento da FGV a pedido da BBC Brasil mostrou que, durante seu mandato, o governo Bolsonaro furou o teto de gastos em R$ 795 bilhões

Auxílio Brasil

Guedes também defendeu, em seu discurso, os R$ 200 extras do Auxílio Brasil, desde que conte com clareza sobre a fonte do orçamento para o benefício.

"Nós disparamos o maior programa social que já houve com responsabilidade fiscal", disse o ministro sobre o programa que substituiu o Bolsa Família durante o mandato de Bolsonaro.

O presidente eleito  Lula afirmou, recentemente, que deve investir para que o pagamento completo do benefício seja garantido em 2023. Após falas defendendo a responsabilidade fiscal por parte do governo, Guedes voltou a citar a equipe do petista, afirmando que o conflito social citado por Lula é "ignorância".

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