O ministro da Economia, Paulo Guedes, confirmou nesta quinta-feira (13) o pedido do presidente Jair Bolsonaro
(PL) de desonerar a folha de pagamento no setor de saúde. Guedes ainda defendeu a medida e disse que ela "parece razoável".
"O presidente me ligou e falou assim: PG [Paulo Guedes], 17 setores estão desonerados. Vamos desonerar mais um?", afirmou o ministro, em coletiva de imprensa em Washington, nos Estados Unidos, onde participa das reuniões gerais do Fundo Monetário Internacional (FMI).
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Bolsonaro pretende, com a desoneração, compensar o custo do pagamento do piso salarial da enfermagem. Segundo Guedes, o impacto da medida na arrecadação do governo federal é estimado entre R$ 1,5 bilhão e R$ 2,5 bilhões.
"O número não é espantoso", disse Guedes. "Como é um número comum, falei ao presidente que parece razoável".
"Tem um monte de candidato prometendo um monte de coisa que não vai fazer nunca. Por que o presidente não pode fazer o que é possível de ser feito?", continuou o ministro.
Guedes ainda defendeu uma desoneração geral para tirar trabalhadores da informalidade. "Os desencargos sociais trabalhistas são armas de destruição em massa de empregos. Os desencargos no Brasil são tão altos e tão perversos que nós descobrimos 38 milhões de brasileiros invisíveis, sem vínculo formal de trabalho. Ou seja, é uma multidão, é um país de esquecidos, então nós sempre atacamos isso", afirmou.