Após o primeiro turno das eleições , o dólar abriu em queda de 2,04%, cotado a R$ 5,2838 nesta segunda-feira (3). O Ibovespa abriu em alta de 3% às 10h40 de hoje, avançando para os 113.354 pontos.
O resultados das urnas de domingo (2) mostram que haverá segundo turno entre Lula e Jair Bolsonaro, que obtiveram 48,4% e 43,2% dos votos válidos, respectivamente.
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A sinalização de que a direita está consolidada no país animou o mercado financeiro, que espera desempenho positivo das estatais e bancos públicos.
Com dados da última semana, o mercado financeiro projetou queda na inflação de 2022, para 5,64% e alta no PIB, para 2,7%, como mostrou o Boletim Focus , divulgado pelo Banco Central.
Essa é a 14ª semana seguida em que a projeção para a inflação registra queda.
Para a taxa de câmbio, no entanto, o valor previsto permaneceu estável em R$ 5,20.
Previsões do mercado
A corretora Butiá investimentos projeta uma alta significativamente maior no índice Bovespa em caso de vitória do presidente Jair Bolsonaro (PL) sobre o ex-presidente Lula.
No cenário Lula eleito, a corretora prevê a Bolsa por volta dos 118.000 pontos, já em caso de vitória do presidente Jair Bolsonaro (PL), o mesmo índice iria para cerca de 130.000.
"As projeções para o Ibovespa são em função de muitas outras variáveis além do vencedor nas eleições presidenciais. Ainda, há de se considerar o período necessário para convergência do mercado para as novas expectativas. As principais vias, reflexo da mudança das expectativas em preços, será pela compressão dos prêmios de risco tanto na parte longa da curva de juros quanto no mercado de ações. Mais do que a vitória de cada um dos eleitos, será a sinalização que este dará com relação à política econômica, principalmente no tocante à política fiscal e os planos para ancoragem da dívida pública, que ditarão os preços da bolsa", diz a empresa.
"Sendo assim, no caso da eleição de Bolsonaro, por termos a continuidade do ministro economia e provável manutenção das atuais políticas econômicas, a incerteza se significativamente torna menor, apesar de não inexistente, pois ainda será necessário encontrar alternativa ao teto de gastos que permita alguma expansão das despesas sem desancorar a dívida. A evolução das discussões e das sinalizações pode ampliar ou reduzir os prêmios", completa.
A Butiá diz ainda que no caso de uma vitória de Lula, a incerteza é muito maior e sua redução dependerá da indicação do ministro da economia e dos planos de governo, que ainda não existem.
"O benefício da dúvida no caso de Lula tem existido, pois este se apresentou razoavelmente pragmático em seu governo, principalmente no primeiro mandato, mas sua política fiscal provavelmente será mais expansionista e a agenda de reformas menos positiva para os mercados do que a atual tem se mostrado", afirmam.
Como a discussão sobre qual será a âncora fiscal e qual será a evolução da dívida do governo não deve estar finalizada até o final do ano, nossas projeções refletem ponderações com relação a essa incerteza, que como explicado, é maior no caso de um novo mandato Lula", completam.