A empresa espanhola Aena foi a única a fazer uma proposta no leilão do aeroporto de Congonhas nesta quinta-feira (18), arrematando o terminal aéreo pelo valor de R$ 2,45 bilhões. A proposta da companhia, que já administra aeroportos no Nordeste brasileiro, teve ágio de 231,02%.
Além de Congonhas, outros 14 aeroportos foram leiloados pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) na sétima rodada do programa de concessões aeroportuárias, que aconteceu na B3, a bolsa de valores de São Paulo.
Sem muitas promessas ou exposição de expectativas, Marian Rubio, diretora da Aena Internacional, apenas agradeceu aos presentes durante seu discurso, afirmando que estava muito feliz.
Um dos aeroportos mais movimentados do país e o que tem maior trânsito de executivos, Congonhas foi arrematado em um bloco que continha outros 10 aeroportos. O período de concessão é de 30 anos.
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Além de Congonhas, o valor proposto pela Aena também inclui a administração dos seguintes aeroportos:
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Aeroporto de Campo Grande (MS)
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Aeroporto de Corumbá (MS)
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Aeroporto Internacional de Ponta Porã (MS)
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Aeroporto Maestro Wilson Fonseca, em Santarém (PA)
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Aeroporto João Corrêa da Rocha, em Marabá (PA)
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Aeroporto Carajás, em Parauapebas (PA)
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Aeroporto de Altamira (PA)
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Aeroporto Ten. Cel. Aviador César Bombonato, em Uberlândia (MG)
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Aeroporto Mário Ribeiro, em Montes Claros (MG)
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Aeroporto Mario de Almeida Franco, em Uberaba (MG)
Mais aeroportos leiloados
Ao todo, a Anac leiloou 15 terminais nesta quinta-feira. As empresas vencedoras deverão fazer investimentos de cerca de R$ 7,2 bilhões durante os 30 anos da concessão.
Além do bloco que inclui Congonhas, outros dois foram leiloados. Ao todo, o certame arrecadou R$ 2,7 bilhões.
O bloco Aviação Geral, que incluiu o Aeroporto Campo de Marte, em São Paulo (SP), e o Aeroporto de Jacarepaguá - Roberto Marinho, no Rio de Janeiro (RJ), foi arrematado pelo fundo XP Infra IV, o único a fazer proposta neste bloco, por R$ 141,4 milhões, com ágio de 0,01%.
Já o bloco Norte II, que inclui o Aeroporto Internacional Val-de-Cans - Júlio Cezar Ribeiro, em Belém (PA), e o Aeroporto Internacional Alberto Alcolumbre, em Macapá (AP), foi vendido para o Consórcio Novo Norte Aeroportos por R$ 125 milhões, com ágio de 119,78%. O bloco também teve propostas da Vinci Airports.
De acordo com a Anac, os 15 aeroportos são responsáveis por 15,8% do total do tráfego de passageiros no Brasil, o equivalente a mais de 30 milhões de viajantes por ano.