Adolfo Sachsida afirmou que queda nos combustíveis é apenas a 'ponta do iceberg'
Divulgação/Ministério de Minas e Energia
Adolfo Sachsida afirmou que queda nos combustíveis é apenas a 'ponta do iceberg'

A queda de preço da gasolina é apenas a ponta de um 'iceberg' dos efeitos positivos que a redução de impostos, como o ICMS sobre energia e combustíveis, trará para a economia. A avaliação é do ministro das Minas e Energia, Adolfo Sachsida, que participou nesta quarta feita (4) do evento XP Expert, promovido pela XP Investimentos, em São Paulo.

"Estamos vendo a ponta de um iceberg, que é a redução de preço (dos combustíveis). Mas haverá outros efeitos com a melhor alocação dos recursos na economia. Com menos imposto, temos mais produtividade, mais emprego, seja na padaria, no salão de beleza, nas grandes empresas, que vão gastar menos com energia", disse Sachsida.

O Congresso aprovou em junho a limitação do ICMS sobre matérias-primas básicas, como energia e combustíveis, entre 17% e 18%. Em alguns estados, a alíquota chegava a 30%.

Questionado sobre a política de preços das Petrobras, que segue o mercado internacional, o ministro disse que não opina sobre a formação dos preços nas empresas. Mas afirmou que atualmente existe uma realocação de investimentos no mundo, com recursos saindo da Rússia, Ucrânia e Ásia e migrando para "portos seguros". Ele disse que o Brasil pode se beneficiar desse movimento.

"Não controlamos o preço do barril de petróleo. Mas se esse dinheiro que está sendo realocado vier para o Brasil, a taxa de câmbio de valoriza e conquistamos uma redução estrutural do preço. Esta é a nossa estratégia", disse o ministro.

Ele afirmou que ao não taxar lucros de petroleiras, como outros países estão fazendo neste momento, o Brasil deverá atrair esses investimentos. Ele disse que o governo já promoveu onze reduções de impostos e que outros deverão acontecer.

Sachsida disse que a privatização da Petrobras está sendo estudada, mas trata-se de um tema complexo. Ele afirmou, entretanto, que quer promover competição no setor de petróleo.

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"Um projeto desse tamanho precisa gerar competição. É preciso avançar em consenso. É isso que a sociedade brasileira quer? É melhor avançar passo a passo na direção correta", disse o ministro.

Sachsida afirmou que não pretende aumentar tributação sobre mineração, como alguns especialistas defendem para buscar recursos privados que custeiem a máquina pública.

"O Brasil tem que ser o Canadá da mineração, com respeito a sustentabilidade e uma potência no setor. Não vamos aumentar a tributação sobre o setor. Seria um erro. É uma finte de riqueza incrível e temos que explorar essa riqueza de forma sustentável e socialmente justa", afirmou.

Ele disse que a mineração preserva o meio ambiente, e o que causa a destruição é a mineração ilegal.

O ministro afirmou que assim como foi criado o Fiagro, categoria de fundos de investimento voltados à cadeia do agronegócio, ele quer criar o Fimineração.

"Será mais uma maneira de financiar a mineração, pulverizando o risco no mercado de capitais através de venda de cotas", afirmou.


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