O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta quarta-feira (3) em São Paulo que o gasto público extra com o aumento do Auxílio Brasil para R$ 600 até o fim do ano está "absolutamente dentro dos cânones" da responsabilidade fiscal, embora admita que o governo não respeitou o teto de gastos. Guedes também não descartou que esse valor majorado do benefício social seja mantido em 2023.
"Daqui até o fim do ano, programa (Auxílio Brasil) é absolutamente dentro dos cânones da responsabilidade fiscal. Sim, nós violamos o teto (de gastos). O teto é para não deixar subir o governo. Daí chega uma doença (...). Estou dando auxílio enquanto a doença e a guerra (entre Rússia e Ucrânia) estão aí", afirmou a uma plateia formada por investidores e corretores durante o evento Expert XP, promovido pela corretora fundada por Guilherme Benchimol.
Em um discurso em tom de campanha, Guedes criticou o que chamou de "narrativas" pessimistas sobre a economia. Ovacionado pelo público presente, o ministro diz que as previsões de crescimento para a economia brasileira vão "continuar subindo" e a inflação vai cair. Atualmente, a inflação acumulada em 12 meses pelo IPCA é de 11,89%.
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"O Brasil está condenado a crescer (por) dez anos seguidos. Vai acontecer de qualquer jeito. Esquece a turma do mas, temos resiliência", disse Guedes.
A fala do ministro foi assistida, também, pelo ministro de Minas e Energia, Adolfo Sachsida. O encontro de Guedes com Benchimol após a participação no evento foi gravada por uma equipe de filmagem comandada por Fabio Wajngarten, ex-secretário Especial de Comunicação Social do governo federal, hoje na coordenação da campanha presidencial de Jair Bolsonaro.