A Uber divulgou nesta terça-feira (2) seus resultados financeiros do segundo trimestre que superaram as previsões de analistas. O faturamento do grupo dobrou, para US$ 8,1 bilhões, com uma demanda consistente de clientes por corridas e entregas de comida apesar da alta da inflação.
As ações da empresa eram negociadas em alta de 11% por volta das 8h30min, após terem subido até 15% nas operações de pré-mercado na Bolsa de Nova York.
Analistas previam um resultado mais modesto, de US$ 7,4 bilhões de faturamento na média das projeções. A empresa informou ainda que 122 milhões de pessoas usam a plataforma por mês, número que também superou a estimativa do mercado, que era de 120,5 milhões.
Nos três meses encerrados em junho, a empresa movimentou US$ 29,1 bilhões com corridas, entregas de comida e encomendas, um avanço de 33%. Este valor e o número de usuários na plataforma foram recordes, segundo o CEO da empresa, Dara Khosrowshahi.
"No último trimestre, desafiamos o nosso time a bater as metas de lucro ainda mais rápido do que planejamos, e entregamos", afirmou Khosrowshahi, em comunicado.
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Além disso, pela primeira vez em sua história, a empresa teve um fluxo de caixa positivo, de US$ 382 milhões. Analistas previam um fluxo positivo menor, de US$ 263 milhões.
O número de corridas e entregas superou os patamares do pré-pandemia, graças à reabertura dos escritórios e a demanda em viagens de turismo.
A empresa também aumentou o número de motoristas e entregadores parceiros, que chegaram a um total de 5 milhões - um recorde. Analistas temem que a alta nos preços de combustíveis reduza a demanda pelo aplicativo como fonte de renda.
Mas, segundo Khosrowshahi, mais de 70% dos novos motoristas que ingressaram na plataforma tomaram esta decisão para obter um ganho extra em meio a uma alta da inflação e do custo de vida.