O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) admitiu o déficit na quantidade de recenseadores para o Censo 2022, mas diz que o problema não deve afetar as pesquisas. A declaração foi dada pelo diretor de pesquisas, Cimar Azeredo, no lançamento do Censo no Rio de Janeiro, nesta segunda-feira (1º).
As pesquisas começaram nesta segunda com mais de 160 mil recenseadores nas ruas. Entretanto, o IBGE estima ser preciso a participação de mais 15 mil agentes para atingir a marca de 183 mil recenseadores, contingente necessário para a coleta de dados.
Em conversa com jornalistas, Azeredo disse ser normal começar as pesquisas com número de agentes aquém do necessário. O diretor admitiu que a quantidade é menor se comparado às pesquisas anteriores.
"Como acontece com todos os Censos, a gente nunca começa com a quantidade de recenseadores previstos. Isso é inerente ao Censo", disse.
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Cimar Azeredo culpou a Covid-19 e os dois adiamentos na pesquisa pela falta de recenseadores. A pesquisa era para ser realizada em 2020, mas foi adiada para o ano seguinte devido à pandemia de coronavírus. O Censo ainda foi adiado em 2021 por falta de verba, após o corte feito pelo governo federal.
"A gente vem de dois adiamentos, de uma pandemia e de uma possibilidade de modalidade mista de coleta", concluiu.
O IBGE prevê o Censo mais preciso da história, com apenas 8% de recusa de domicílios em participar do levantamento. O instituto ressaltou que deve intensificar os trabalhos de treinamento e reposição para agilizar a coleta de dados.