A Petrobras anunciou nesta terça-feira (19) que a partir desta quarta (20) o preço médio de venda de gasolina para as distribuidoras passará de R$ 4,06 para R$ 3,86 por litro, uma redução de R$ 0,20 por litro. É uma queda de 4,92%.
Não haverá mudança no preço do diesel. A última queda no preço da gasolina nas refinarias ocorreu em 15 de dezembro de 2021.
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Horas antes de a Petrobras anunciar a queda no preço, o presidente Jair Bolsonaro afirmara que a estatal ia "achar seu rumo" e que ia "começar a dar boa notícia".
"Os caminhoneiros sofreram com aumento no combustível, foi no mundo todo. Acho que a Petrobras vai achar seu rumo agora, (com um) novo presidente. Vai começar a dar boa notícia para a gente", disse Bolsonaro a apoiadores, no Palácio da Alvorada.
Caio Paes da Andrade, que assumiu a presidência da empresa por indicação de Bolsonaro no mês passado, é o quarto executivo à frente da Petrobras no atual governo. Neste ano, a gasolina teve três altas nas refinarias, nos dias 12 de janeiro, 11 de março e 18 de junho. Assim, mesmo com a redução anunciada hoje, a gasolina acumula um aumento de 24,9% em 2022.
Preço do petróleo em queda
Apesar de Bolsonaro associar a redução do preço da gasolina à troca de comando na Petrobras, em nota, a estatal atribuiu a decisão à estabilização da cotação internacional do petróleo, que chegou a registrar queda nos últimos dias.
Segundo o comunicado da empresa, "essa redução acompanha a evolução dos preços (do petróleo) internacionais de referência, que se estabilizaram em patamar inferior para a gasolina, e é coerente com a prática de preços da Petrobras".
Considerando a mistura obrigatória de 73% de gasolina A e 27% de etanol anidro para a composição da gasolina comercializada nos postos, a parcela da Petrobras no preço ao consumidor passará de R$ 2,96, em média, para R$ 2,81 a cada litro vendido na bomba, explicou a estatal.
Em nota, a estatal disse que "essa redução acompanha a evolução dos preços internacionais de referência, que se estabilizaram em patamar inferior para a gasolina, e é coerente com a prática de preços da Petrobras". A estatal disse que "busca o equilíbrio dos seus preços com o mercado global, mas sem o repasse para os preços internos da volatilidade conjuntural das cotações internacionais e da taxa de câmbio".