O Ministério Público do Trabalho (MPT) notificou, nesta segunda-feira (18), o ex-presidente da Caixa Pedro Guimarães para esclarecer as denúncias de assédio sexual e moral. Guimarães terá 10 dias para prestar informações ao MPT.
Essa é a segunda notificação do Ministério Público ao ex-presidente do banco. Em 29 de junho, o MPT solicitou informações a Pedro Guimarães, mas a defesa nega ter recebido a notificação. Já a Caixa informou que ele não estava mais no quadro de funcionários.
Em nota, os advogados de Guimarães afirmaram que "até a presente data, Pedro Guimarães não foi intimado por nenhuma autoridade do Ministério Público do Trabalho. Assim que for notificado, ele irá prestar todos os esclarecimentos devidos, juntando inclusive provas que atestam sua lisura".
Pedro Guimarães foi acusado por assédio sexual contra funcionárias próximas de seu gabinete. A pressão sobre o ex-presidente da Caixa aumentou após a revelação de áudios em que Guimarães prática de assédio moral contra os diretores do banco.
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O ex-presidente da Caixa era membro da linha de frente do bolsonarismo e sempre participava dos eventos com a presença do presidente Jair Bolsonaro (PL). A aproximação entre eles fez Guimarães ser um dos candidatos a ser vice de Bolsonaro nas eleições de 2022, mas o nome do ex-ministro Walter Braga Netto é o mais cotado para o posto.
Após o surgimento das primeiras denúncias, o Ministério Público Federal (MPF) e o Tribunal de Contas da União (TCU) abriram um inquérito para investigar os casos de assédio sexual. Já o Ministério Público do Trabalho (MPT) iniciou uma investigação sobre assédio moral no banco. Na segunda-feira (4), o MPT fez uma inspeção surpresa na sede da Caixa e deve colher depoimentos dos funcionários nas próximas semanas.