O Conselho de Administração da Caixa Econômica Federal afastou, nesta segunda-feira (18), mais dois executivos do banco, Camila de Freitas Aichinger, vice-presidente da Rede de Varejo e Antonio Carlos Ferreira de Sousa, vice-presidente de Logística e Operações. Eles haviam sido indicados por Pedro Guimarães, que deixou a presidência da Caixa no fim de junho , após denúncias de assédios sexual e moral. A nova gestão do banco, sob o comando de Daniella Marques, também fortaleceu a corregedoria da Caixa.
Guimarães foi substituído por Daniella Marques, que fazia parte da equipe do ministro da Economia Paulo Guedes. Assim que assumiu o cargo, no início deste mês, Marques afastou o vice-presidente de Negócios de Atacado da Caixa Econômica Federal, Celso Leonardo Barbosa, envolvido nas acusações.
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Marques prometeu também afastar todos os 26 consultores estratégicos contratados por Guimarães. Uma parte já foi demitida.
Ajustes nas estrutura
As mudanças aprovadas pelo conselho nesta segunda-feira envolvem ajustes na reestrutura das vice-presidência: criação da vice-presidência de Gestão Corporativa a partir da fusão das vice-presidências de Estratégia e Pessoas e Logística e Operações e a criação da vice-presidência de Sustentabilidade e Empreendedorismo.
A vice-presidência de Gestão Corporativa será ocupada por Danielle Calazans, que também fazia parte da equipe de Guedes. A de Rede de Varejo por Júlio Cesar Volpp Sierra, funcionário de carreira da Caixa. Ele já ocupou esse cargo entre 2019 e 2020.
"O Conselho de Administração comunica ainda a destituição da Sra. Camila de Freitas Aichinger do cargo de Vice-Presidente da Rede de Varejo e destituição do Sr. Antonio Carlos Ferreira de Sousa do cargo de Vice-Presidente de Logística e Operações, que voltam a compor o quadro de empregados Caixa", informou a Caixa em comunicado ao mercado.
Mudanças na Corregedoria
Além disso, o conselho da Caixa aprovou mudanças na Corregedoria da instituição, subordinada anteriormente à presidência. Agora, a Corregedoria passará a responder ao conselho de administração. Está mudança pode reduzir o risco de interferência nas investigações de assédio.
Segundo o comunicado, a mudança na Corregedoria tem por objetivo “reforçar a autonomia e isonomia da atuação da Corregedoria”.
Reportagem publicada pelo EXTRA no domingo (17), indica que a estrutura da Corregedoria ligada à presidência acabou servindo de mecanismo para proteger Guimarães, segundo relato de testemunhas.