A internet revolucionou a forma de fazer negócio. O que era anúncio em jornal virou post em redes sociais, e a propaganda televisiva virou anúncio no YouTube. Essa mudança diminuiu os custos, mas aumentou a demanda por ideias que se destaquem no meio de tanto conteúdo. É por isso que há profissionais que se dedicam ao Marketing Digital, tema da live do iG nesta terça-feira (19), às 12h, transmitida no YouTube, Facebook, LinkedIn e Twitch.
O Marketing Digital é o conjunto de estratégias voltadas para a promoção de uma marca no ambiente online, sempre com o objetivo de promover empresas ou produtos.
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"No caso dos outros tipos de canais de comunicação com o público, o custo é muito maior. Você abre uma loja e não vai fazer um comercial na TV no dia seguinte. A primeira coisa que você vai fazer é criar um Instagram ou acessar o 'Google Meu Negócio' e colocar endereço, foto da fachada, horário de funcionamento, quais são os serviços ou produtos oferecidos etc. A porta de entrada de uma empresa para a comunicação com o público é no digital, porque é grátis", afirma Anselmo Albuquerque, estrategista digital e co-fundador da Jogga, startup focada em performance para campanhas digitais.
O comércio eletrônico foi, sem dúvida nenhuma, um dos setores que mais cresceram durante a pandemia de Covid-19. Uma pesquisa realizada pela Serasa Experian em fevereiro do ano passado revelou que 73,4% das micro, pequenas e médias empresas aderiram aos canais digitais e começaram a vender pela internet desde o início do isolamento social. Com as medidas restritivas e a incerteza sobre a duração da crise sanitária, muitas delas tiveram que fechar as portas ou buscar alternativas para que pudessem continuar vendendo seus produtos ou serviços.
"Mas a gente ainda vê que existe um mito entre alguns empresários que, para estar no digital, é necessário ter um e-commerce, um site robusto, que precisa fazer dancinha no Tik Tok. E não é isso. O WhatsApp é um canal de venda simples. Você cria uma página na internet, uma landing page, que é diferente de um site, que foca e fomenta a atração de clientes, e a pessoa entra nela e já tem o botão 'Fale pelo WhatsApp'. A partir dali, esse empresário já está em contato com o público", sugeriu Albuquerque.
"Vamos pegar uma ótica como exemplo. As grandes franquias têm e-commerce estruturado, tem equipe, tem investimento para isso. Mas uma ótica no interior de PE, SP ou MG pode ter um canal no WhatsApp, receber receitas por mensagem, fazer uma cotação, fazer uma videochamada com os clientes para mostrar os produtos da loja e ter uma venda feita por meio de plataformas digitais, sem a necessidade de um e-commerce. Então, a criatividade também é muito importante", continuou.
Quanto investir?
Na avaliação do estrategista digital Anselmo Albuquerque, tudo depende da região que o empresário está, do tipo de produto ou serviço oferecido e da demanda por ele.
"Se você está numa cidade de 200 mil habitantes, provavelmente com R$ 300 a R$ 500, você consegue atingir aquele público, vender seu produto e aparecer no Google, no Facebook, no Instagram… Se está em São Paulo capital, possivelmente com R$ 500 ou R$ 1.000 você consegue fazer pouca coisa, porque tem muitos 'concorrentes'".
"Comunicação é investimento. Mas antes não era um investimento que você buscava apenas a venda, você buscava construção de marca, reputação, lembrança etc. São coisas que não dá para serem medidas, apenas sentidas. No digital, tudo é medido. Então, se você investe R$ 500 e recebe R$ 5.000 de retorno, você vai querer investir R$ 1.000, na expectativa de receber R$ 10.000", finalizou.
Assista à entrevista:
Abaixo, você também pode ouvi-la em formato de podcast: