O TCU (Tribunal de Contas da União) acatou um pedido do Ministério Público de Contas, feito pelo subprocurador Lucas Rocha Furtado para investigar a Caixa após as denúncias de assédio contra o ex-presidente do Banco, Pedro Guimarães.
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Guimarães renunciou ao cargo na última semana para cuidar da sua defesa. Para o lugar dele, o governo nomeou Daniella Marques , ex-assessora do Ministério da Economia.
Segundo a representação escrita por Furtado, “quando praticado no âmbito da administração pública, o assédio gera a percepção, na sociedade, de que as instituições estatais não se pautam em valores morais nem são conduzidas segundo elevados padrões de conduta”.
No processo que abre a apuração, o TCU escreve que vai apurar se “o sr. Pedro Guimarães, no exercício da presidência da Caixa Econômica Federal, cometeu assédio sexual e moral contra empregadas e empregados daquela instituição financeira pública, o que, além de caracterizar prática criminosa, configura flagrante violação ao princípio administrativo da moralidade”.
O relator será o ministro Aroldo Cedraz.
A Presidente do TCU, ministra Ana Arraes, comunicou, na última quarta-feira (29), que determinou internamente a solicitação de informações sobre os mecanismos de prevenção e combate ao assédio existentes na Caixa Econômica Federal. O comunicado ocorreu após as recentes notícias veiculadas na imprensa sobre denúncias de assédio no âmbito da Caixa Econômica Federal, que envolvem o Presidente da instituição.
“Considero pertinente que este Tribunal realize ação de controle para avaliar o grau de maturidade dos instrumentos e das práticas de que esse banco público dispõe para prevenir e punir casos de assédio”, destacou a presidente Ana Arraes. Para a ministra, independentemente dos casos concretos que eventualmente estejam sendo investigados pelo Ministério Público Federal, é importante a atuação do TCU sob a perspectiva de avaliação e proposta de aprimoramento do Estado.