A secretária do Tesouro americano, Janet Yellen, disse neste domingo (19) que prevê uma desaceleração no crescimento, mas ressaltou que uma recessão não é "inevitável".
"Prevejo que a economia vai se desacelerar", declarou Yellen no programa "This Week", da rede ABC, dias depois de o Federal Reserve (Fed, o Banco Central americano) ter elevado suas taxas de juros de referência.
Entre no canal do Brasil Econômico no Telegram e fique por dentro de todas as notícias do dia. Siga também o perfil geral do Portal iG
Mas "não acho que uma recessão seja inevitável, para nada", enfatizou.
A economia dos Estados Unidos se recuperou vigorosamente do impacto da pandemia do coronavírus, mas a inflação galopante e os problemas nas cadeias de suprimentos ampliados pela invasão russa da Ucrânia aumentaram o pessimismo dos consumidores.
Medidas de combate a inflação
Brian Deese, diretor do Conselho Econômico Nacional, conselheiro econômico do presidente Joe Biden disse estar esperançoso de que o Congresso aprove medidas que o governo diz que ajudarão a combater a inflação nas próximas semanas.
"Os preços estão inaceitavelmente altos no momento", disse Deese, em entrevista ao programa "Face the Nation", da CBS, no domingo. “É por isso que o presidente disse que precisamos fazer disso nosso principal foco econômico e fazer tudo o que pudermos para derrubá-los.”
Ele citou medidas para reduzir o custo de medicamentos prescritos, incentivos fiscais para energia e uma “reforma tributária há muito atrasada” como formas de ajudar as famílias americanas a lidar com a inflação mais rápida em 40 anos e sinalizar aos mercados que os EUA são “muito sérios” sobre conter o aumento dos preços.
A Casa Branca e os democratas do Congresso estão em negociações avançadas sobre uma legislação que visa combater a inflação, conter o déficit orçamentário dos EUA e reviver partes da agenda econômica estagnada de Biden, disseram pessoas informadas sobre as negociações na semana passada.
*Com agências internacionais