O governo fechou como será o rateio entre as pessoas físicas que manifestaram interesse de usar dinheiro do FGTS no processo de privatização da Eletrobras. A venda da maior empresa de energia da América Latina foi selada nesta quinta-feira (9).
A demanda pelo uso do FGTS somou R$ 8,971 bilhões, de acordo com integrantes do Executivo. Mais de 370 mil trabalhadores fizeram a opção. Como esse valor ficou acima do teto de R$ 6 bilhões estabelecido pela Eletrobras, haverá um rateio entre os investidores.
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Pelo rateio fechado pelo governo, para cada R$ 1.000 reservado, o trabalhador poderá usar R$ 668 para aquisição das ações da Eletrobras. Com o rateio, os valores depositados em excesso serão devolvidos ao FGTS sem qualquer remuneração.
O limite de R$ 6 bilhões também inclui os trabalhadores que migraram seu FGTS de ações da Petrobras e Vale.
Foi permitido reservar até 50% do saldo do FGTS para investir no Fundo Mútuo de Privatização.
Segundo a Caixa Econômica Federal, 11 instituições financeiras se cadastraram para participar da operação com o FGTS. No total, foram 24 fundos de investimentos. Entre as instituições habilitadas estão Banco do Brasil, Caixa, Itaú-Unibanco, Daycoval, Bradesco, BTG Pactual, Banco do Nordeste, Safra, Santander, XP Investimento e Genial Investimento.
O processo de capitalização da estatal foi finalizado nesta quinta-feira (9). O preço por ação foi fixado em R$ 42. O pontapé inicial da empresa privatizada será a negociação das ações a partir de segunda-feira (13) na B3.
Com o preço das ações nessa faixa, a privatização da maior empresa de energia da América Latina movimentou cerca de R$ 33,7 bilhões, considerando inclusive o lote suplementar.
Para quem investiu o FGTS, as ações só poderão ser vendidas após 12 meses. Mas se o trabalhador se encaixar em uma das situações em que a legislação permite o saque do Fundo de Garantia, poderá vender os papéis antes. É o caso, por exemplo, de quem precisar do dinheiro para compra da casa própria.
Investidores que fizeram a reserva sem o dinheiro do FGTS não têm prazo mínimo de permanência, ou seja, poderão vender as ações a qualquer momento.