Bolsonaro e Guedes pedem a supermercados que controlem preço e ‘apertem o cinto’
Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
Bolsonaro e Guedes pedem a supermercados que controlem preço e ‘apertem o cinto’

Com a inflação fora da meta, o presidente Jair Bolsonaro e o ministro da Economia, Paulo Guedes, pediram o apoio de empresários do setor de supermercados para controlar o aumento de preços do setor. Bolsonaro solicitou que eles tenham o "menor lucro possível" sobre os alimentos da cesta básica, enquanto Guedes pediu uma "trégua de preços".

"O apelo que eu faço aos senhores, para toda a cadeia produtiva, para que os produtos da cesta básica obtenham o menor lucro possível para a gente poder dar uma satisfação a uma parte considerável da população, em especial os mais humildes", disse o presidente, durante evento promovido pela Associação Brasileira de Supermercados.

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Os dois participaram por videoconferência. Bolsonaro está em Los Angeles, para participar da Cúpula das Américas, e Guedes está em Brasília.

Bolsonaro disse que a margem de lucro já diminuiu, mas pediu que os empresários colaborem "um pouco mais".

"Eu sei que a margem de lucro tem cada vez diminuído mais também. Vocês já vêm colaborando dessa forma. Mas colaborem um pouco mais na margem de lucro dos produtos da cesta básica. Esse apelo que eu faço aos senhores. Se eu for atendido, agradeço muito. Se não for, é porque realmente não é possível."

Guedes, por sua vez, reforçou o apelo do presidente e pediu a ajuda do setor de supermercados e indústrias para frear a escalada de preços. Ele disse que é preciso escapar da espiral da inflação

"Vamos dar uma trégua de preços, vamos apertar o cinto um pouquinho."

Ao reforçar o pedido de Bolsonaro, Guedes frisou que o governo está atuando como pode e baixando os impostos – federais e também estaduais – e disse que, na ponta, o setor de supermercados está em mais contato com a população brasileira e sentindo a pressão e reclamação dos consumidores.

"Agora é a hora de dar um freio na alta de preços, voluntário, para o bem do brasileiro. Da mesma forma que os governadores têm que botar a mão no bolso e ajudar o Brasil, o empresariado brasileiro tem que entender o seguinte: devagar agora um pouco, porque temos que quebrar essa cadeia inflacionária", afirmou.

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