Sob pressão, Petrobras lança site sobre preços dos combustíveis
Ivonete Dainese
Sob pressão, Petrobras lança site sobre preços dos combustíveis

Sob pressão diante da escalada dos preços dos combustíveis, que acumulam alta de 33,24% nos últimos 12 meses, a Petrobras lançou um  site para explicar como calcula os valores da gasolina, do diesel e do gás de cozinha ao consumidor final. A ideia é responder perguntas como "Por que a Petrobras pratica preços de mercado?", "Como é feita a composição do preço da gasolina, do diesel e do gás de cozinha?" e "Existe risco de desabastecimento no Brasil?".

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Em nota, a companhia reforçou que divulga há anos, em seu site institucional , os valores cobrados em suas refinarias e a composição média do preço final. "Nos últimos seis meses essa foi a informação mais acessada no site da Petrobras, com quase 1,5 milhão de visualizações", destacou.

Também lembrou que, em novembro do ano passado, já havia lançado uma campanha publicitária veiculada em TV, na qual informava sobre a formação de preços ao consumidor final.

Na nova plataforma, os usuários podem acessar informações sobre os valores médios dos combustíveis no Brasil e nos estados. Também é possível encontrar o histórico de preços praticados às distribuidoras.

Na página inicial, a estatal afirma ser responsável por cerca de 1/3 do preço cobrado na bomba. Diz ainda que não existe monopólio no mercado de combustíveis no Brasil e que há muitos fatores que influenciam o preço da gasolina, como a cotação do petróleo, que varia de acordo com a lei da oferta e da demanda no mundo todo. 

Ao clicar na aba sobre a formação dos preços da gasolina, por exemplo, o consumidor é informado sobre o preço médio do litro no país: R$ 7,25. Além disso, o site esclarece que, desse total, R$ 0,96 (13,2%) são provenientes da distribuição e revenda, R$ 1,04 (14,3%) do custo do etanol anidro (misturado no combustível), R$ 1,75 (24,1%) de impostos estaduais, R$ 0,69 (9,5%) de impostos federais e R$ 2,81 ( 38,8%) da parcela que fica para a Petrobras.

Os números são baseados em dados da ANP e da CEPEA/USP sobre os preços praticados pela Petrobras nas refinarias e nos postos nos 26 estados e no Distrito Federal. O período de coleta ocorreu entre 22 e 28 de maio.

Na última terça-feira (31), a Câmara dos Deputados havia aprovado urgência para um projeto de lei que prevê regras de transparência para a composição dos preços de combustíveis definidos pela Petrobras. O texto agora pode ser votado nas próximas sessões do plenário da Casa.

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