Prejuízo do Magazine Luiza (MGLU3) foi de R$98,8 milhões
Ivonete Dainese
Prejuízo do Magazine Luiza (MGLU3) foi de R$98,8 milhões

Na esteira de outras grandes varejistas, o Magazine Luiza registrou crescimento no faturamento no primeiro trimestre deste ano, mas não chegou a ter lucro.

As vendas totais do Magalu atingiram R$14 bilhões, uma alta de 13% comparada ao mesmo período de 2021. Mesmo assim, o prejuízo líquido ajustado foi de R$ 98,8 milhões, influenciado principalmente pelo aumento da inflação e de custos que incidem sobre os produtos.

Entre no  canal do Brasil Econômico no Telegram e fique por dentro de todas as notícias do dia. Siga também o  perfil geral do Portal iG 

Já em relação à rentabilidade, a geração de caixa medida pelo Ebitda ajustado foi de R$ 424 milhões no trimestre.

Entre as grandes varejistas, o cenário também foi desafiador nos três primeiros meses do ano.

Na semana passada, a Via (antiga Via Varejo) divulgou lucro atribuído aos controladores de R$ 18 milhões no primeiro trimestre deste ano, o que representa queda de 90% ante o mesmo período de 2021. E lucro líquido operacional de R$ 86 milhões de janeiro a março, ou seja, queda de 52,2% na base anual.

A Americanas, por sua vez, teve crescimento de 20% em volume de vendas no primeiro trimestre do ano, mas perda de R$ 923 milhões em vendas por causa do ataque hacker em fevereiro.

Do total de vendas do primeiro trimestre do Magalu, o e-commerce cresceu 16% ultrapassando R$10 bilhões em vendas. Dentro das vendas on-line, o destaque é para o marketplace que representou 36% da comercialização on-line.

Nas lojas físicas, as vendas foram de R$ 4 bilhões no trimestre, 6% maior que em 2021 e 10% maior que 2020.

O diretor financeiro do Magazine Luiza, Roberto Bellissimo, sublinha que o marketplace foi o motor para o crescimento do primeiro trimestre e destaca a compra do KaBuM!, em conjunto com o aumento da margem bruta, através do repasse da inflação para o preço final dos produtos e redução de subsídios (por exemplo, frete grátis aos parceiros).

"Os níveis de estoque foram ajustados e otimizamos as despesas variáveis. Desta forma, as margens vêm evoluindo ao longo do segundo trimestre. Março já foi um mês mais normalizado e a margem Ebitda foi acima de 6%", diz Bellissimo, que acrescenta:

"A gente sempre cresceu nos últimos cinco anos acima do mercado e tivemos geração de caixa acima de 8%."

Para o próximo semestre, o Magalu tem expectativa de melhorar os resultados com as vendas direcionadas para a Copa do Mundo, especialmente com as TVs, e aposta na ampliação dos serviços de crédito recém-lançado e do fullfilment, um serviço de logística que armazena produtos dos sellers nos centros de distribuição da companhia, para agilizar as entregas.

    Mais Recentes

      Comentários

      Clique aqui e deixe seu comentário!