O ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres
Marcelo Camargo/Agência Brasil - 09/11/2021
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres, disse nesta sexta-feira (22) que "nenhuma decisão está tomada" sobre a possibilidade de reajuste salarial para os servidores, em especial os das forças de segurança pública, que prometem endurecer o discurso contra a Economia caso não sejam agraciados com aumento maior que 5%. 

“Muitas especulações sobre o reajuste do funcionalismo público e, particularmente, das forças federais de segurança. Sobre este tema, existe apenas uma certeza no momento: NENHUMA decisão está tomada. O martelo não foi batido!”, escreveu o ministro no Twitter (22). 

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Torres reuniu-se com dez representantes da categoria de servidores da Segurança Pública da União nesta segunda-feira (18) para discutir o reajuste salarial prometido pelo presidente Jair Bolsonaro.

A ideia inicial era conceder recomposição de 5% nos vencimentos, mas Torres disse que o "martelo ainda não foi batido" sobre o percentual.

Guedes diverge e PF promete endurecer ações

O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse nesta sexta-feira (22) que apoia a ideia de dar reajuste salarial para o funcionalismo , desde que seja linear para todas as categorias e não para um grupo específico, como defendia o presidente Bolsonaro. 

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A ideia do Planalto era privilegiar as categorias de segurança pública, como policiais federais, mas Guedes alertou que a proposta esbarra na lei eleitoral.

A Associação Nacional de Delegados da Polícia Federal (ADPF) publicou uma nota de repúdio à declaração do ministro da Economia.

No documento, a entidade diz estar frustrada com o valor do aumento, considerando baixo, e com a “omissão do governo federal”, que ainda não assinou a Medida Provisória de Reestruturação das Carreiras Policiais Federais. Em dezembro de 2021, o Congresso aprovou o orçamento de 1,7 bilhão para aumento salarial e reestruturação de carreiras dos policiais. Como a perspectiva era de que a mudança beneficiaria apenas os agentes da PF, outras categorias passaram as últimas semanas planejando paralisar os serviços.

Agora, é a própria Polícia Federal que articula possíveis paralisações, assunto que ainda será decidido em outra reunião no dia 2 de maio. A entidade considera que a reestruturação de carreiras é essencial para o funcionamento do órgão, por isso, aprovou nesta terça-feira (19) um indicativo de recomendação de operação-padrão e redução de produtividade nas atividades administrativas de fiscalização. Além disso, a ADPF irá realizar uma mobilização em frente a todas as unidades da PF espalhadas pelo país.


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