O FMI (Fundo Monetário Internacional) divulgou nesta terça-feira (19) o relatório "Panorama da Economia Mundial" e reduziu a expectativa de crescimento d economia global de 4,4% para 3,6%. O Brasil, no entanto, deve se beneficiar da alta da commodities e, segundo a entidade, vai crescer 0,8% no ano, acima dos 0,3% da última projeção , mas abaixo dos 2% projetados pelo Ministério da Economia.
A má notícia do relatório fica com a inflação brasileira, que deve terminar o ano com alta de 8,2%, acima do teto da meta do Banco Central (BC). Além disso, o Fundo espera taxa de desemprego na faixa de 13,7%.
Para 2023, o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) nacional será de 1,4% e, para 2027, de 2%.
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O documento aponta a guerra da Ucrânia e as sanções aplicadas à Rússia e aos países aliados, como a Bielorrússia, como principal fator que reduzirá a atividade econômica em 2022.
“Espera-se que a atual guerra na Ucrânia e as sanções sobre a Rússia reduzam o crescimento global em 2022 por meio de diferentes impactos diretos”, informou o FMI. São 5 as forças citadas: a guerra, o aperto monetário e a volatilidade do mercado financeiro, o espaço fiscal reduzido pela economia, a desaceleração da China e a pandemia combinada com o acesso às vacinas.
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“Esse choque se dá justamente quando a variante ômicron parecia estar desaparecendo, com muitas partes do mundo deixando para o passado a fase aguda da pandemia”, de acordo com o Fundo.
A divulgação se dá durante a reunião de primavera do FMI e Banco Mundial, em Washington (Estados Unidos), da qual também participará o ministro da Economia, Paulo Guedes.
Segundo o FMI, os dois países diretamente envolvidos ao conflito devem ser os mais afetados. O PIB da Rússia deve cair 8,5% neste ano e 2,3% em 2023. A economia da Ucrânia deve despencar 35%. Não há projeção para os próximos anos.
“A guerra na Ucrânia amplificará as forças econômicas que já estavam moldando a recuperação mundial da pandemia. A guerra aumentou ainda mais os preços das commodities e intensificou a interrupção de fornecimento [de insumos], elevando a inflação”, informa o FMI.