Dólar e Bolsa sobem, de olho na inflação dos EUA e comércio do Brasil
Felipe Moreno
Dólar e Bolsa sobem, de olho na inflação dos EUA e comércio do Brasil

O dólar opera em alta ante o real e a Bolsa sobe no início desta quarta-feira (13). A preocupação com a inflação global segue no radar dos investidores, que repercutem novos dados econômicos no Brasil e nos Estados Unidos.

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Por volta de 10h20, a moeda americana tinha alta de 0,49%, negociada a R$ 4,6997.

No mesmo horário, o Ibovespa subia 0,35%, aos 116.551 pontos.

EUA: inflação preocupa

Após a inflação nos EUA medida pelo índice de preços ao consumidor  atingir a maior variação anual em 12 meses desde 1981, os agentes de mercado avaliam os dados de preços ao produtor, que vieram acima do esperado.

O índice acelerou 1,4% após alta de 0,9% em fevereiro. Nos 12 meses até março, o índice saltou 11,2%, a maior alta desde que os dados de 12 meses foram calculados pela primeira vez em novembro de 2010, após avançar 10,3% em fevereiro.

O núcleo do índice, que exclui componentes voláteis de alimentos e energia e serviços comerciais, avançou 0,9% em março após alta de 0,2% em fevereiro.

Nos 12 meses até março, o núcleo subiu 7,0%, após alta de 6,7% em fevereiro. Os números foram divulgados pelo Departamento do Trabalho americano.

Vendas no comércio avançam

No Brasil,  o destaque vai para novos dados do varejo restrito. As vendas do comércio varejista avançaram 1,1% na passagem de janeiro para fevereiro, de acordo com dados da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC).

Com o resultado, o setor está 1,2% acima do patamar pré-pandemia. No ano, o varejo acumula variação de -0,1%. Já nos últimos 12 meses, cresceu 1,7%.

Os dados vieram acima das expectativas do mercado.

Tanto no Brasil quanto nos EUA, a expectativas dos investidores é saber de que forma os bancos centrais irão reagir ao processo inflacionário persistente.

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Por aqui, a dúvida é até que patamar irá o ciclo de altas da Selic enquanto por lá, os questionamentos são a respeito da velocidade do processo de aperto monetário iniciado nos últimos meses e seus impactos para a economia global.

Na cena interna, o destaque também vai para a Assembleia Geral Ordinária e Extraordinária da Petrobras, que deve selar o futuro da estatal. O principal tema da pauta é a votação para aprovar o nome de José Mauro Ferreira Coelho ao cargo de presidente da petroleira.

Ações

Entre as ações, as ordinárias da Petrobras (PETR3, com direito a voto) subiam 1,42%, e as preferenciais (PETR4, sem direito a voto), 1,09%.

As ordinárias da Vale (VALE3) avançavam 0,28%, e as da Siderúrgica Nacional (CSNA3), 0,70%.

As preferenciais da Usiminas (USIM5) subiam 0,61%.

No setor financeiro, as preferenciais do Itaú (ITUB4) e do Bradesco (BBDC4) tinham altas de 0,57% e 0,47%.

Petróleo sobe

Os preços dos contratos futuros do petróleo voltavam a subir nesta manhã. O movimento da commodity segue sendo influenciado pelo noticiário envolvendo a guerra entre Rússia e Ucrânia após Moscou afirmar que as negociações entre os países chegaram a um beco sem saída, alimentando as preocupações com a oferta.

Por volta de 10h20, em Brasília, o contrato para junho do petróleo tipo Brent subia 1,65%, negociado a US$ 106,37, o barril.

Já o preço para maio do tipo WTI avançava 1,40%, cotado a US$ 102,01, o barril.

Bolsas no exterior

Na Europa, as bolsas operavam com baixas. Por volta de 10h30, em Brasília, a Bolsa de Londres cedia 0,18% e a de Frankfurt, 1,13%. Em Paris, ocorria queda de 0,78%.

As bolsas asiáticas fecharam com direções contrárias. O índice Nikkei, da Bolsa de Tóquio, subiu 1,93%. Em Hong Kong, houve alta de 0,26% e, na China, baixa de 0,82%.

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