Ministro da Economia, Paulo Guedes
EDU ANDRADE/Ascom ME 10.03.2022
Ministro da Economia, Paulo Guedes

O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse nesta segunda-feira (11) que está "confiante" de que o Brasil vai conseguir controlar a inflação antes de nações desenvolvidas. Falando a empresários de Maringá, reduto político do líder do governo da Câmara, deputado Ricardo Barros (PP-PR), o ministro ponderou que os juros reais estão relativamente elevados no Brasil.

"A inflação acabou virando um fenômeno mundial, mesmo que nosso Banco Central tenha feito a parte dele. Porque ele se moveu antes, ele foi o primeiro a se mover, já colocou o juro no lugar, os juros estão até relativamente elevados em termos reais, mas a inflação mundial está aí. E nós vamos combatê-la e vamos vencê-la também", disse o ministro, acrescentando: "No Brasil estou convencido de que vamos derrubar a inflação antes das nações avançadas."

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Nesta segunda-feira (11), o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou que o resultado de março do IPCA, a inflação oficial, foi uma "surpresa" para a instituição. No mês passado, a inflação acelerou 1,62%, após alta de 1,01% em fevereiro, segundo o IBGE.

Puxada pela disparada dos preços dos combustíveis, foi a maior taxa para meses de março desde 1994, antes mesmo da implantação do Plano Real. Trata-se também da maior inflação mensal desde janeiro de 2003 (2,25%).

Guedes afirmou que os BCs ao redor do mundo “dormiram no volante” com a demora para elevar os juros.

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" Fizemos um Banco Central independente para combater a inflação. Dissemos o tempo inteiro, antes que essa alta de preços setorial, que era material de construção, alimentos, virasse uma inflação generalizada. Nós tínhamos o Banco Central para tentar travar essa onda de reajustes. Ora, os bancos centrais do mundo inteiro dormiram ao volante", disse Guedes.

O ministro disse ainda acreditar que o Brasil fará um dos combates "mais efetivos e mais rápidos" à inflação e citou que a alta de preços é global.

"Está acontecendo no mundo inteiro, é uma inflação mundial. Porque, além da pandemia, que travou a oferta e os governos expandiram a demanda justamente para garantir a população mais frágil, além disso veio agora a invasão da Ucrânia pela Rússia, o que agravou o preço dos combustíveis, o preço de fertilizantes. E tudo isso empurra uma inflação de custos através da economia mundial", disse.

Guedes ainda disse que todos os empregos perdidos pela pandemia foram recuperados. Afirmou que a taxa de desemprego, que estava em 12% quando começou a pandemia, foi a 14% e já está em 11%.

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