Em março, a inflação subiu 1,62%, segundo dados divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta sexta-feira (8). Mais de um terço do índice (34,5%) vem de itens que sofreram reajuste de preços pela Petrobras no mês: gasolina, óleo diesel, gás de botijão e gás veicular. Juntos, representaram, 0,56 ponto percentual (p.p) do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
Gasolina puxou a alta e respondeu por 0,44 p.p. do índice, seguido pelo gás de botijão, com impacto de 0,09 ponto percentual. Já o preço do óleo diesel teve influência de 0,03 ponto percentual. Por último, o gás veicular teve impacto de apenas 0,004 ponto percentual.
Entre no canal do Brasil Econômico no Telegram e fique por dentro de todas as notícias do dia
O gerente da pesquisa, Pedro Kislanov, disse que os reajustes da Petrobras não refletem apenas nos subitens, mas afetam toda a cadeia produtiva, se espalhando pelos preços de outros produtos.
“O etanol, por exemplo, acaba acompanhando a alta da gasolina, por ser um substituto. Mas o custo do frete acaba afetando todos os produtos comercializados. Afeta a economia como um todo”, explica.
Leia Também
O impacto mais sentido no IPCA foi o do grupo Transportes, com avanço de 3,02%, graças ao reajuste de 18,77% na gasolina, de 24,9% no diesel, além de 16,1% no gás liquefeito de petróleo (GLP).
Além disso, itens relacionados aos combustíveis também subiram, como transporte por aplicativo (7,98%), seguro voluntário de veículo (3,93%), etanol (3,02%) e conserto de automóvel (1,47%).