Os países da União Europeia já pagaram pelo menos 35 bilhões de euros à Rússia por meio da importação de fontes de energia desde o início da invasão à Ucrânia, em 24 de fevereiro.
O número foi revelado nesta quarta-feira (6), em meio às discussões no bloco para endurecer as sanções contra o regime de Vladimir Putin, que ainda se beneficia da alta dependência da UE em relação a Moscou para satisfazer suas necessidades energéticas.
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"Demos 1 bilhão de euros à Ucrânia. Pode parecer muito, mas é aquilo que pagamos diariamente a Putin por energia. Desde que iniciou a guerra, já demos [à Rússia] 35 bilhões de euros", afirmou o alto representante da União Europeia para Política Externa, Josep Borrell, durante a plenária do Europarlamento em Estrasburgo.
Na última terça (5), a Comissão Europeia, poder Executivo do bloco, anunciou um quinto pacote de sanções contra Moscou, que prevê a proibição de importação de carvão russo pelos Estados-membros, porém não inclui o setor de petróleo e gás.
"Não serão as últimas sanções. Precisamos pensar no petróleo e em um sistema bancário que limite de verdade as rendas derivantes dos combustíveis fósseis para a Rússia", afirmou a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, no Parlamento da UE.
Já o chefe de Conselho Europeu, Charles Michel, escreveu no Twitter que, "cedo ou tarde", o bloco precisará adotar medidas contra "o petróleo e até contra o gás" russos.