O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, declarou em entrevista concedida nesta terça-feira (5), que não considera "que esteja na mesa a privatização da Petrobras, nem de Banco do Brasil, nem de Caixa Econômica, que são instituições que, no final das contas, são patrimônio nacional".
"Se bem geridos, geram frutos [para a] sociedade brasileira. Então, é preciso ter bastante cautela nessas apreciações em especial em momentos de crise”, completou.
Pacheco disse que é melhor "fazer o óbvio e o básico, que é a privatização daquilo que gera prejuízo e para o qual o governo não tem vocação". Também afirmou que "a tese de privatizações, de um modo geral, para poder tonar o Estado mais ágil e mais eficiente, é sempre uma ideia boa que deve ser considerada, mas não é, a princípio, o caso da Petrobras".
Pacheco pediu agilidade na definição dos rumos da empresa, mas reiterou que uma decisão precisa ser tomada com cautela.
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“É muito importante que haja [uma decisão] e um direcionamento da Petrobras de uma direção bem definida. Então sem açodamento, mas é importante que tenha agilidade nessa escolha”, afirmou.
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Já o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), afirmou que após o imbróglio envolvendo as indicações para a presidência da Petrobras e do conselho administrativo da estatal o Congresso deveria se debruçar para revisar a Lei das Estatais e defendeu a possibilidade de privatização da empresa.
"É muito complicado o sistema da Lei das Estatais que a gente votou. Acho que o Congresso precisa se debruçar sobre isso. A Petrobras, além de ser uma SA, não pode desconhecer que ela é uma empresa majoritariamente estatal, que ela é do governo, o acionista majoritário", afirmou Lira na tarde desta terça-feira (5).