O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) recriou, após 21 anos, uma superintendência no Rio de Janeiro, desvinculando o estado da Superintendência Regional Sudeste II (SRII) , que agregava os estados do RJ, Espírito Santo e Minas Gerais. Com isso, o Rio volta a ter maior autonomia e poderá implantar diretrizes para diminuir a fila de requerimentos em análise no estado. O número de requerimentos, no entanto, ainda está em fase de levantamento. A recriação da unidade é um antigo pleito dos servidores do estado, que reclamavam da falta de sinergia com a SRII.
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"Com essa medida, o Rio de Janeiro fica vinculado à direção central, sendo a sexta superintendência do INSS no país. Consequentemente, as políticas e todo nosso trabalho operacional será diretamente com a presidência do órgão. Teremos maior diálogo e autonomia na implantação de diretrizes em função desse canal direto", explica Caio Maia Figueiredo, que vai comandar a Superintendência Regional Sudeste III, que terá sob sua responsabilidade as 94 Agências da Previdência Social (APS) do estado.
Segundo Figueiredo, a regional vai seguir os quatro pilares do plano nacional do INSS: gestão de pessoas, redução do estoque nas filas, atendimento presencial e automação.
"Realizaremos nossas ações a nível de superintendência, implantando-as de acordo com as demandas locais, sempre com o objetivo de fortalecer a qualidade dos serviços e do atendimento que prestamos", explica.
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Atualmente, estão na fila 1,6 milhão de pedidos em espera de análise, segundo dados de março do próprio INSS. Se comparado a 2019, ano anterior ao início da pandemia da Covid-19, no mês de janeiro o número de análises estava em 1,8 milhão e chegou ao maior da história em julho, registrando 2,4 milhões. Nos anos seguintes, a média foi 1,7 milhão em 2020 e 1,8 milhão em 2021.
Na prática o que representa para os segurados do Rio de Janeiro, a criação de uma superintendência no estado?
Caio Figueiredo: Com a criação da Superintendência-Regional Sudeste III, o Rio de Janeiro fica vinculado diretamente à direção central do INSS, sendo a sexta superintendência no país. Consequentemente, as políticas e todo nosso trabalho operacional estará ligado à presidência do órgão.
Que medidas serão tomadas para reduzir a fila estadual?
Realizaremos a constante capacitação dos nossos servidores, planejaremos a distribuição da força de trabalho de acordo com a demanda, além do monitoramento e controle da entrada de demandas para realização de ações emergenciais, caso necessário. Além do fomento de novos Acordos de Cooperação Técnica.
Quantos benefícios estão represados no RJ?
Os benefícios do RJ estavam em um repositório da Superintendência Regional Sudeste II, juntamente com as demandas de Minas Gerais e Espírito Santo. Por esta razão, no momento ainda não é possível separar os dados sem que haja influência da demanda dos três estados.