O secretário do Tesouro Nacional, Paulo Valle, criticou o fundo de estabilização de preço dos combustíveis, considerado caro e ineficiente. A proposta que é defendida pelo novo presidente da Petrobras, Adriano Pires.
Valle defendeu medidas focalizadas e afirmou que é preciso “dar tempo ao tempo”, para avaliar os impactos das primeiras medidas que já foram adotadas com o objetivo de reduzir o preço dos combustíveis, como a colaboração da União com a redução dos tributos federais que incidem sobre o diesel e o projeto de lei que permite que estados alterem a metodologia de cálculo do ICMS.
"A posição do Ministério da Economia sempre foi muito clara em relação a esse ponto", afirmou nesta quarta-feira.
"A gente acredita que para resolver o problema dos combustíveis, as medidas têm que ser mais focalizadas. O fundo é caro e ineficiente. E é importante dar tempo ao tempo. As primeiras medidas foram adotadas e devem trazer resultado positivo".
Em relação à defesa pública que Adriano Pires faz do fundi de estabilização e também de subsídio temporário, Valle resumiu:
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"O novo presidente da Petrobras foi anunciado, só toma posse dia 13, e não tem mudança na posição do ministro da economia (em relação ao fundo)".
Ele também ressaltou o cenário externo, com estabilização do preço do barril de petróleo e a valorização do real ante o dólar. Esse movimento já traria um impacto positivo e requereria ações mais cadenciadas.
Em relação às medidas focalizadas, Valle afirmou que elas evitam o gasto excessivo e citou como exemplo o vale-gás, que é voltado para a população mais vulnerável. Também justificou a escolha do governo de cortar tributos do diesel considerando que é o combustível que atende a transportes de massa e teria um impacto maior na economia.