O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, afirmou nesta quarta-feira (30) que a indicação de Adriano Pires para a presidência da Petrobras mais "adequada". Segundo o ministro, o currículo de Pires mostra a capacidade do indicado pelo presidente Jair Bolsonaro para segurar a crise na estatal em meio aos reajustes nos preços dos combustíveis.
Adriano Pires é o provável substituto de Joaquim Silva e Luna na presidência da estatal. Luna foi demitido na segunda-feira (28), após Bolsonaro ter feitos críticas públicas sobre não ter sido avisado sobre a alta nos combustíveis, motivo de pressão sobre seu governo e popularidade em ano eleitoral.
Para Albuquerque, a troca na presidência da Petrobras é normal, mas negou que a demissão de Silva e Luna tenha sido causa pelo reajuste anunciado há três semanas.
"Não, não acontece por conta desse reajuste. O governo vem dizendo, eu venho dizendo isso, o presidente diz isso quase toda semana, que não há interferência nos preços da Petrobras. Por motivos óbvios, os preços dos combustíveis no Brasil não são determinados pela Petrobras", disse em entrevista ao jornal O Globo.
Ao citar a indicação de Adriano Pires, Albuquerque elogiou o currículo do indicado e afirmou que não houve pedidos específicos para o novo presidente.
"É só você olhar o currículo do Adriano Pires. Você vê o vínculo que ele tem com o setor de energia. E nós entendemos que uma pessoa com esse perfil nesse momento seria a pessoa adequada para estar à frente da Petrobras", disse.
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"Não houve nenhum pedido específico para o Adriano Pires. Eu particularmente já conversei com ele várias vezes a respeito de políticas públicas do setor de energia. Então, essa troca de informações há, mas nada específico à Petrobras".
Questionado sobre a demissão de Silva e Luna, o ministro de Minas e Energia minimizou a decisão de Bolsonaro.
"Isso é uma decisão do governo. Eu disse que o governo entende que o Adriano Pires é a pessoa adequada agora para estar à frente da Petrobras. O ministro não tem mandato, o presidente da empresa não tem mandato. O acionista controlador pode indicar a substituição a qualquer momento".
Adriano Pires ainda não respondeu ao convite do governo para assumir a estatal. Para aceitar o convite, Bolsonaro até prometeu privatizar a Petrobras, mas a falta de tempo para realizar a venda da empresa emperrou as negociações.