A invasão russa da Ucrânia vai pressionar ainda mais os indicadores da economia brasileira. A disparada no preço das commodities seguirá pressionando a inflação, por consequência, o Banco Central deve acelerar a curva de juros ainda nesta quarta-feira (16)
. Para tentar amenizar os impactos para a população em ano eleitoral, o governo vai aumentar a dívida pública.
Segundo o Relatório de Acompanhamento Fiscal de março da Instituição Fiscal Independente (IFI) divulga nesta quarta (16), o déficit primário previsto no Orçamento, de R$ 76,2 bilhões, vai subir para R$ 108,1 bilhões graças à redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), anunciada pelo governo no início do mês, que deve causar uma perda de arrecadação de R$ 16,2 bilhões para a União, estados e municípios, enquanto a isenção do PIS/COFINS, válida até dezembro de 2022, deve gerar um impacto fiscal de R$ 17,6 bilhões para o governo central.
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Para completar, o PL 1.472, em tramitação no Congresso Nacional, propõe a instituição de um 'auxílio emergencial' de até R$ 3 bilhões para a atenuar os impactos extraordinários sobre os preços finais ao consumidor de gasolina.
Após 57 dias a Petrobras reajustou em 18,7% o preço da gasolina e em 24,9% o diesel. A companhia também elevou em 16% o preço do GLP.
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A inflação ao consumidor em fevereiro foi de 1,01% e deve continuar em ritmo de alta após os reajustes da Petrobras. A taxa é a maior para o mês desde 2015, quando alcançou 1,22%. Já o IPCA acumulado nos últimos doze meses subiu de 10,4%, em janeiro, para 10,5% em fevereiro.
Para tentar manter o IPCA dentro da meta de 3,5% para 2022, o BC deve elevar a taxa básica de juros Selic a 11,75% nesta quarta. No Boletim Focus divulgado pela instituição, o mercado prevê que chegue a 12,75% ao fim de 2022.