O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta terça-feira (15) que o Brasil já “se levantou” do combate à pandemia e está preparado para enfrentar os impactos da guerra entre Ucrânia e Rússia.
Ao comentar as medidas do governo contra a crise sanitária e o estado das contas públicas, Guedes cometeu uma gafe e afirmou que o país estaria preparado se vier uma “segunda guerra mundial".
"Nós estamos com déficit zerado. Estamos prontos para outra briga, se vier segunda guerra mundial, estamos prontos de novo. Vamos expandir de novo porque estamos com déficit zerado", disse.
Depois de seu discurso, o ministro se aproximou do local da imprensa no Palácio do Planalto para explicar sua fala. Segundo Guedes, ele se referia a dois eventos mundiais, a pandemia e a guerra na Ucrânia, que têm elevado o preço de combustíveis aqui no Brasil.
O ministro afirmou que lamenta a tragédia, que está “entristecido” e ressaltou que o Brasil já votou contra a invasão na Organização das Nações Unidas (ONU).
"Não estou falando de segunda guerra mundial. Falei, olha, teve guerra que foi a pandemia, uma guerra sanitária mundial e agora tem a segunda, que foi Ucrânia com a Rússia. Isso subiu os combustíveis, subiu os fertilizantes e isso nos atinge. Eu quis dizer, se houver essa guerra no petróleo, guerra do grão, os grãos, petróleo, fertilizantes, vamos estar preparados para reagir", disse.
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Durante o discurso, Guedes afirmou que os mecanismos criados durante a pandemia, como a PEC Emergencial, dão ferramentas para o governo atuar se for necessário.
"Estamos prontos, temos protocolo de guerra todo preparado, temos PEC Emergencial, temos botão de emergência, temos exceção ao teto se for preciso. Estamos preparados para qualquer guerra e temos um comandante que é determinado e uma equipe preparada para o combate", afirmou.
Petróleo
Sobre o preço dos combustíveis, Guedes disse que o governo, junto com o Congresso, teve uma reação "à altura" e conseguiu atenuar o impacto da alta para a população.
"Conseguimos atenuar em dois terços o primeiro impacto, então chegou a primeira onda, o impacto seria de R$ 0,90, R$ 0,60 nós absorvemos, governos estaduais de um lado, federal do outro", disse.